O IPC Geral de Dezembro de 2022 (103,86) cresceu 0,77%, face a Dezembro de 2021. Em 2022 a taxa de inflação foi de 1,04%, mais 1,01 pontos percentuais, em relação à registada em 2021 (0,03%), informam os Serviços de Estatística e Censos.
O crescimento homólogo do IPC Geral de Dezembro de 2022 foi impulsionado, principalmente, pela ascensão dos salários dos empregados domésticos e das propinas escolares, assim como pelo aumento dos preços: das refeições adquiridas fora de casa; da gasolina e da electricidade. Todavia, a diminuição das rendas de casa e a redução dos preços dos serviços de telecomunicações e do gás de petróleo liquefeito compensaram parte do crescimento do índice de preços. De entre os índices de preços das secções de bens e serviços, os das secções da educação e dos equipamentos e serviços domésticos aumentaram 10,07% e 8,93%, respectivamente, em termos anuais. Porém, o índice de preços da secção das comunicações baixou 9,22%. O IPC-A (103,44) e o IPC-B (104,41) cresceram 0,46% e 1,17%, respectivamente, em termos anuais.
No mês em análise o IPC Geral subiu ligeiramente 0,01%, face a Novembro de 2022. O índice de preços da secção do vestuário e calçado cresceu 0,56%, em termos mensais, devido ao aumento dos preços tanto do vestuário de Inverno como do calçado para senhoras. O índice de preços da secção dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas ascendeu 0,24%, em termos mensais, graças ao acréscimo dos preços: dos produtos hortícolas; da fruta e das refeições adquiridas fora de casa. Por seu turno, o índice de preços da secção da habitação e combustíveis diminuiu 0,22%, em termos mensais, em virtude da queda das rendas de casa e dos preços do gás de petróleo liquefeito. O IPC-A foi semelhante ao de Novembro de 2022 e o IPC-B ascendeu 0,02%, em termos mensais.
No quarto trimestre de 2022 o IPC Geral médio (103,86) cresceu 0,85%, face ao trimestre homólogo de 2021. O IPC-A (103,45) e o IPC-B (104,40), ambos índices médios, subiram 0,51% e 1,29%, respectivamente, em relação ao quarto trimestre de 2021.
Em 2022 o IPC Geral médio (103,70) cresceu 1,04%, face a 2021, devido essencialmente ao aumento dos salários dos empregados domésticos e ao crescimento dos preços: das refeições adquiridas fora de casa; da gasolina; da electricidade e da fruta. Todavia, a diminuição das rendas de casa e a redução dos preços dos serviços de telecomunicações e da carne de porco atenuaram parte do crescimento do índice de preços. Analisando por secções de bens e serviços, observou-se que os índices de preços das secções dos equipamentos e serviços domésticos (+11,23%) e dos transportes (+5,84%) tiveram os crescimentos mais significativos. Contudo, o índice de preços da secção das comunicações baixou 9,39%. Em 2022 o IPC-A (103,41) e o IPC-B (104,09), ambos índices médios, ascenderam 0,72% e 1,47%, respectivamente, em termos anuais.
A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos compila três séries do IPC, que permitem conhecer a influência da variação de preços de bens/serviços, nos agregados familiares que pertencem a diferentes escalões de despesas. O IPC-A abrange cerca de 50% dos agregados familiares que têm uma despesa média mensal compreendida entre 12.000 Patacas e 35.999 Patacas, o IPC-B abrange cerca de 30% dos agregados familiares que têm uma despesa média mensal compreendida entre 36.000 Patacas e 62.999 Patacas e o IPC Geral abrange todos os agregados familiares acima referidos.