Os Serviços de Estatística e Censos divulgam os resultados referentes ao quarto trimestre de 2022 do Inquérito às Necessidades de Mão-de-Obra e às Remunerações do Sector das Lotarias e Outros Jogos de Aposta. O âmbito do inquérito exclui os promotores e colaboradores de jogos.
No fim do quarto trimestre de 2022 o sector das lotarias e outros jogos de aposta tinha 52.174 trabalhadores a tempo completo (-2.665, em termos anuais), dos quais 23.721 eram “croupiers”, menos 685. O pessoal dos serviços e vendedores totalizou 3.967, registando-se uma queda homóloga de 932.
Em Dezembro de 2022 a remuneração média (excluindo as participações nos lucros e os prémios) dos trabalhadores a tempo completo no sector das lotarias e outros jogos de aposta cifrou-se em 23.680 Patacas, observando-se um aumento de 1,8%, em relação a Junho de 2022 e um decréscimo ligeiro de 0,1%, em termos anuais. Salienta-se que a remuneração média dos “croupiers” se situou em 19.800 Patacas, menos 1,1%, em termos anuais.
No fim do trimestre em análise existiam apenas 13 postos vagos no sector das lotarias e outros jogos de aposta, correspondendo a uma diminuição homóloga de 45.
Em relação aos requisitos de recrutamento, 92,3% das vagas requeriam experiência profissional, 30,8% exigiam habilitações académicas equivalentes ao ensino superior, 76,9% requeriam o domínio do mandarim e 76,9% o do inglês.
Durante o quarto trimestre de 2022, 99 trabalhadores foram recrutados e 803 deixaram o emprego. A taxa de recrutamento de trabalhadores (0,2%) foi idêntica à do quarto trimestre de 2021, a taxa de rotatividade (1,5%) aumentou 0,6 pontos percentuais, em termos anuais e a taxa de vagas desceu para um nível próximo de zero. Estes indicadores reflectem que a procura de mão-de-obra no sector das lotarias e outros jogos de aposta continuou relativamente baixa.
Quanto à formação profissional, no sector das lotarias e outros jogos de aposta 283.677 participantes frequentaram cursos de formação profissional fornecidos pelas empresas do jogo (nomeadamente, cursos organizados pelas empresas ou realizados em conjunto com outras instituições, ou subsidiados pelas empresas), correspondendo a uma queda de 8,4%, em termos anuais. Realça-se que a maioria dos formandos participou nos cursos de “serviços” (48,6%), seguindo-se os formandos dos cursos de “comércio e gestão” (26,6%). A maior parte dos cursos de formação profissional foi organizada pelas empresas do jogo e o número de formandos destes cursos representou 96,3% do total.