O Chefe do Executivo, Edmund Ho, fez hoje (dia 19) um balanço sobre a missão oficial de serviço a Pequim, frisando que as medidas anunciadas pelo Governo Central visam ajudar Macau a resistir ao impacto da crise financeira internacional. Estas orientações, destacou, constituem condições favoráveis para a diversificação económica e o desenvolvimento sustentável da RAEM. Citando as palavras do primeiro-ministro Wen Jiabao, Edmund Ho lembrou que todas as políticas e medidas que visam apoiar o desenvolvimento estável de Hong Kong são, em princípio, aplicáveis também a Macau. Em relação à política dos vistos individuais, o Chefe do Executivo referiu que, durante um determinado período de tempo, desde que a província de Guangdong restringiu o acesso a estes vistos, não se verificou uma queda no número de turistas da China interior. Pelo contrário, registou-se um aumento de turistas em excursão e visitantes provenientes de outras províncias. Ainda assim, adiantou, no futuro a política de vistos individuais será alargada para que residentes de mais cidades possam visitar Hong Kong e Macau. Edmund Ho recordou que, a título experimental, já está em prática a possibilidade dos residentes que não são de Guangdong mas trabalham em Shenzhen visitarem Hong Kong em excursões turísticas. Neste capítulo, o governante disse esperar que, na próxima etapa, se possam definir alguns planos de turismo de carácter cultural ou de convenções e exposições, diferenciados do entretenimento e do jogo, no sentido de promover a diversificação dos sectores de turismo e de serviços de Macau. Questionado sobre os aterros, Edmund Ho revelou que, de momento, o Governo Central, as autoridades da província de Guangdong e a Administração Estatal dos Oceanos estão a estudar a fundo o projecto apresentado por Macau. Após a aprovação do Governo Central, o Governo da RAEM irá dar seguimento ao plano de acordo com a Lei de Terra, frisou. Segundo o Chefe do Executivo, os aterros têm diferentes finalidades, que serão concretizadas de acordo com a realidade e após uma discussão abrangente na sociedade. Contudo, como estes planos ainda envolvem muitos procedimentos, Edmund Ho está convencido que as principais tarefas estarão a cargo do próximo governo. À partida para Macau, o Chefe do Executivo revelou também que os dirigentes do País reconhecem o trabalho desenvolvido pelo Governo da RAEM, esperando que todos os cidadãos de Macau estejam unidos para construir o futuro do território no âmbito do cumprimento da Lei Básica e dos princípios “um País, dois sistemas” e “Macau governado pelas suas gentes” com elevado grau de autonomia, de forma a criar melhores condições por altura da comemoração do 10º aniversário do regresso de Macau à Pátria. Edmund Ho salientou ainda que o governo se mantém vigilante em relação a eventuais situações que possam ser provocadas pela crise financeira internacional, recordando que o Governo Central já fez votos para que a solidariedade entre o governo e os cidadãos para assegurar a estabilidade económica e social de Macau.