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A demolição do antigo bairro militar de Mong Há destina-se sobretudo a salvaguardar a segurança pública


Atendendo à debilidade ultimamente verificada nas fundações do antigo Bairro Militar de Mong Há, acrescido ainda do seu perigo eminente de derrocada, que por sua vez colocaram em causa a segurança da vida e dos bens da população e da vizinhança, foi então decidido pela Administração a realização de obras de terraplanagem, a fim de salvaguardar a segurança pública. Contudo, antes da sua demolição, foi solicitado ao Instituto Cultural o fornecimento de informações referentes ao assunto e da avaliação e da análise global destas informações, verificou-se que não se encontram nos seus arquivos qualquer processo ou informação histórica sobre esta construção, tendo-se assim novamente confirmado que esta construção, assim como o terreno em causa, não se encontram em zona classificada.
E com o intuito de permitir aos cidadãos viverem tranquilos e sossegados, foram então criadas pela Administração várias medidas destinadas a auxiliar a classe média com dificuldades económicas em adquirir casa própria no mercado imobiliário privado, designadamente o Plano de Arrendamento de Habitação para as Famílias de Recém-casados, destinado a fazer face às necessidades da sociedade. E para a construção das habitações públicas necessárias, foi então decidido pela Administração o aproveitamento do terreno onde actualmente se encontra o antigo Bairro Militar de Mong Há, entretanto antes da sua escolha, para uma confirmação mais rigorosa de que este se encontra aquém da lista dos patrimónios classificados, veio a DSSOPT reforçar os canais de diálogo com o Instituto Cultural no sentido de melhor recolher e estudar as informações referentes ao antigo Bairro Militar. Apesar dos rumores que circulam na sociedade de que esta foi construída entre os anos 20 ou 30 do século passado, contudo não se encontra nos arquivos qualquer registo histórico sobre esta construção. E da consulta realizada à respectiva planta histórica ficou também comprovado que não existem fundamentos suficientes para alegar este facto. Um outro factor que igualmente pesou na decisão da Administração consiste no facto desta construção se encontrar devoluta já antes da transição de Administração e de se encontrar em avançado estado de degradação, sendo assim uma vez reunidos os fundamentos suficientes quanto ao facto e da sua plena análise, a Administração decidiu então em avançar com a construção de habitação pública no terreno em apreço de forma a articular com a implementação do Plano de Arrendamento de Habitação para as Famílias de Recém-casados.
Além disso, considerando o longo período devoluto do terreno em causa, acrescido ainda das acções intempéries que frequentemente assolaram Macau no corrente ano, que por sua vez conduziram a que uma parte do maciço rochoso do terreno apresentasse perigo eminente de derrocada, colocando assim em risco a segurança dos moradores vizinhos e da população em geral, e causando por outro lado problemas em termos de saneamento básico, veio então a Administração decidir em acelerar as respectivas obras de demolição e de terraplanagem, no sentido de eliminar o perigo que este constitui para a população. A par disso, tendo em conta ao impacto que a crise económica mundial veio ter em Macau, a Administração veio procurar criar mais postos de trabalho acelerando o andamento do processo de aprovação da construção de habitações públicas, em que se espera que através da realização da presente obra seja possível concretizar as políticas de habitação pública da Administração e acelerar o andamento da sua construção.
E ainda numa outra vertente, importa ainda frisar que a Administração da RAEM veio desde sempre estar bastante atenta à preservação das construções de valor histórico, nomeadamente o reforço das intervenções destinadas a preservar e proteger o Quartel de S. Francisco com uma história secular, que fora um importante ponto militar e com um considerável valor no domínio histórico e arquitectónico, assim como as várias fortalezas existentes em Macau.