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Notificado um caso importado relacionado com a varíola dos macacos por parte de Hong Kong | O doente esteve em Macau antes do aparecimento de sintomas, mas a possibilidade da infecção ter ocorrido em Macau é baixa


Os Serviços de Saúde foram notificados, ontem (dia 20) à noite, pelo Departamento de Saúde de Hong Kong, de que foi detectado em Hong Kong mais um caso importado de infecção da varíola dos macacos, tendo o doente viajado para Macau antes do aparecimento de sintomas. O doente, com idade de 34 anos, do sexo masculino, apresentou erupções cutâneas parciais no dia 12 de Abril. Após a consulta médica no dia 19 de Abril, o Serviço de Laboratório de Saúde Pública do Centro de Protecção da Saúde de Hong Kong confirmou o resultado positivo do teste ao vírus da varíola dos macacos. De acordo com a investigação preliminar, o doente viajou para Macau entre os dias 4 e 5 de Abril e não teve comportamentos de risco durante a sua estadia em Macau, no entanto, durante o período de incubação, teve contacto de alto risco em Hong Kong. Uma pessoa dos seus contactos próximos teve, recentemente, registo de viagem às regiões afectadas pela varíola dos macacos (incluindo Coreia do Sul e região de Taiwan) e começou a apresentar erupções cutâneas a partir do dia 12 de Abril. Em Hong Kong, esta pessoa de contacto próximo foi classificada como caso importado suspeito, tendo a mesma sido internada para tratamento médico e submetida a testes complementares.

De acordo com os Serviços de Saúde, o doente manifestou sintomas no dia 12 de Abril, e durante a sua viagem a Macau, entre os dias 4 e 5 de Abril, não estava infecioso. Uma vez que durante o período de incubação, o doente apenas teve contacto de alto risco em Hong Kong, e que o contacto próximo com quem esteve em Hong Kong apresentou os mesmos sintomas, mas o doente não teve comportamentos de risco durante a estadia em Macau, pelo que, a possibilidade de infecção em Macau é baixa.

A varíola dos macacos é transmitida aos seres humanos através do contacto próximo com pessoas ou animais infectados ou materiais contaminados com o vírus, como no acto sexual. Os casos mais recentes da varíola dos macacos em todo o mundo, têm sido associados aos actos homossexuais masculinos.

O período de incubação da varíola dos macacos é normalmente de 6 a 13 dias, mas pode ser de 5 a 21 dias. Os sintomas clínicos da varíola dos macacos podem ser ligeiros ou graves e incluem febre, dores de cabeça, dores musculares, etc.. A maioria dos doentes desenvolve erupção cutânea semelhante à varicela. A taxa de mortalidade nos países africanos é de cerca de 3 a 6%, com taxas mais elevadas em crianças, adolescentes e indivíduos imunocomprometidos. No entanto, a taxa de mortalidade é relativamente mais baixa nos países desenvolvidos. As pessoas vacinadas contra a varíola, são imunes à varíola dos macacos.

Os Serviços de Saúde salientam que o risco de infecção pela varíola dos macacos é baixo na população em geral. Recentemente, em todo o mundo, os casos são principalmente transmitidos através de actos sexuais de risco, especialmente os actos sexuais entre homens ou entre parceiros multissexuais. Portanto, os residentes devem prestar atenção ao sexo seguro e evitar comportamentos sexuais de alto risco, como parceiros sexuais arbitrários ou múltiplos. Pessoas com sintomas semelhantes aos da varíola dos macacos devem procurar atendimento médico imediato e abster-se de actividade sexual ou contacto próximo com outras pessoas. Uma vez que o isolamento precoce e o tratamento dos casos são as medidas de prevenção e controlo mais importantes, a varíola dos macacos foi incluída na declaração obrigatória de doenças em Macau. Os Serviços de Saúde também organizaram seminários para o pessoal médico da linha da frente para reforçar a sua compreensão desta doença, assim sendo, a equipa médica deve identificar os casos precocemente.

Quanto à prevenção pela vacina da varíola dos macacos, referindo-se às informações da Organização Mundial da Saúde e de outros países ou regiões, o risco de infecção da varíola dos macacos na população em geral é baixo, não havendo necessidade de vacinação em massa. Actualmente, somente as pessoas de risco, como aquelas que têm contacto próximo com pacientes com varíola dos macacos ou que têm práticas sexuais de alto risco, podem considerar a vacinação. Os Serviços de Saúde adquiriram a vacina contra a varíola dos macacos para a vacinação de grupos de alto risco e como reserva de emergência. A vacina contra a varíola dos macacos adquirida em Macau pode ser utilizada por indivíduos de alto risco com idade igual ou superior a 18 anos. Aqueles que não foram vacinados contra a vaccinia (varíola) no passado precisam ser vacinados com 2 doses de vacina contra varíola dos macacos, com intervalo de pelo menos 28 dias entre as 2 doses. Aqueles que foram vacinados contra a vaccinia (varíola) são temporariamente recomendados para serem vacinados com apenas uma dose da vacina contra a varíola dos macacos. Os nascidos em 1980 ou antes em Macau foram vacinados contra a vaccinia (varíola). Além disso, residentes de Macau e não residentes de Macau legalmente autorizados a permanecer em Macau (por motivos de trabalho ou escola), se tiverem comportamento sexual de alto risco, podem agendar a vacinação pré-exposição através dos centros de saúde/ postos de saúde dos Serviços de Saúde.



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