O Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, à frente da delegação do Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), terminou a visita de dez dias a três países da Europa, e regressou ao território no final desta noite (27 de Abril). Sendo a primeira visita ao estrangeiro após a pandemia, esta deslocação ao exterior teve um significado muito importante e foi bem-sucedida, tendo sido alcançados os resultados previstos, nomeadamente no âmbito do reforço das relações amistosas, aprofundamento das áreas de cooperação, expansão de novas oportunidades de cooperação. Além disso, contribuiu para Macau alargar os contactos com o exterior, desempenhar melhor o papel de ponte entre a pátria e os países de língua portuguesa, injectando mais e maior “energia cinética” para o desenvolvimento sustentável de Macau e da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin.
1) Reforçar as relações amistosas e demonstrar o sucesso da implementação de “Um País, Dois Sistemas” em Macau. Nesta deslocação ao exterior, o Chefe do Executivo esteve em Portugal, Luxemburgo, Bélgica e na Sede da União Europeia, onde teve encontros e intercâmbio com vários altos dirigentes, bem como foi recebido pelos embaixadores da China nesses países, nos quais foi feito uma apresentação sobre a actual situação da RAEM e da Zona de Cooperação Aprofundada, bem como a direcção que cada uma irá seguir em termos de desenvolvimento no futuro. Durante os quatro dias em Portugal foi prestada uma grande importância da parte portuguesa, o qual consolidou e incrementou a amizade tradicional entre Macau e Portugal. As visitas ao Luxemburgo, à Bélgica e à Sede da União Europeia fortificaram igualmente os laços de amizade e reforçaram as ligações, e construíram uma base mais firme para desenvolver e reforçar a cooperação no futuro.
Por outro lado, o Governo da RAEM mostrou à sociedade internacional os resultados do sucesso da implementação do princípio “Um País, Dois Sistemas” em Macau, fez uma difusão da iniciativa de “Uma Faixa, Uma Rota” e das estratégias de desenvolvimento nacional, nomeadamente a Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e a Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin, promovendo de forma activa as oportunidades de desenvolvimento nelas existentes.
2) Aprofundar as áreas de cooperação em prol da promoção eficaz das oportunidades de desenvolvimento oferecidas por Macau e pela Zona de Cooperação Aprofundada. O Governo da RAEM apresentou os objectivos e significados da estratégia de diversificação adequada “1+4”, bem como a importância da Zona de Cooperação Aprofundada e as oportunidades de desenvolvimento oferecidas para impulsionar a diversificação adequada da economia de Macau, no sentido de promover as quatro indústrias principais, respectivamente a de big health, finanças modernas, tecnologia de ponta, de convenções, exposições, comércio, cultura e desporto, em prol das oportunidades de cooperação e de investimento para as diversas empresas.
Para a visita a Portugal, o Executivo organizou uma delegação empresarial que abrangeu associações comerciais, instituições de ensino, representantes do governo e de empresas na Zona de Cooperação Aprofundada, para em conjunto promover Macau, a Zona de Cooperação Aprofundada e a Grande Baía. Durante a estada em Portugal, a delegação empresarial assinou protocolos de cooperação em várias vertentes, designadamente, economia e comércio, investimento, turismo, finanças, educação, entre outras. Muitos empresários de Macau manifestaram que das empresas portuguesas que tiveram contacto, várias demostraram-se interesse em investir em Macau e na Zona de Cooperação, tendo alguns afirmado até que têm planos para se deslocarem a Macau, em breve, à procura de oportunidades de negócio e de cooperação. Os serviços competentes do governo, em conjunto com os empresários, irão efectuar um balanço mais detalhado da visita, para avaliar os resultados obtidos e assim pavimentar um melhor caminho de cooperação para o futuro.
O Governo da RAEM está empenhado em explorar o mercado de turistas do estrangeiro, pelo que as actividades promocionais em Lisboa, realizadas em conjunto pelos serviços competentes e as seis grandes empresas integradas de turismo e lazer de Macau, e o Acordo-Quadro de Colaboração Elevada entre a Organização Mundial do Turismo das Nações Unidas e o Fórum de Economia de Turismo Global contribuem para o sector turístico de Macau incrementar o seu desenvolvimento. Por outro lado, a Caixa Geral de Depósitos de Portugal e o Banco Nacional Ultramarino (BNU) frisaram que vão apoiar Macau no desenvolvimento do sector das finanças modernas e outras potenciais indústrias importantes.
3) Expandir as oportunidades de cooperação para assimilar experiências que venham promover as quatro indústrias e alargar o espaço de cooperação. O Luxemburgo e a Bélgica têm experiências bem-sucedidas nas áreas de indústria financeira, inovação de ciência tecnológica e infraestruturas que merecem servir de referência e contribuem para o desenvolvimento estável e saudável da diversificação adequada da economia de Macau. O programa da visita permitiu alargar as redes de intercâmbio e ligação entre Macau e os dois países e foi benéfico para abrir novos espaços de cooperação em termos de economia e comércio, em particular na indústria de produção farmacêutica, na indústria transformadora de diamantes, e finanças modernas, entre outras áreas.
O Luxemburgo tem o maior “mercado secundário de obrigações” do mundo. A visita in loco para assimilar experiências e o reforço da comunicação e ligação, contribuem para preparar a criação de um mercado de obrigações com vantagens específicas de Macau. A curto prazo, Macau e Luxemburgo irão aprofundar ainda mais a cooperação financeira, enquanto que o protocolo ora assinado irá gerar um grande impulso para incrementar o espaço de cooperação na indústria financeira entre as duas partes.
Do ponto de vista geral, a visita ao estrangeiro alcançou os objectivos previstos, bem como estimulou as relações amistosas entre Macau e a União Europeia, aumentando o intercâmbio entre as duas partes no âmbito da cooperação económica e comercial. Sob esta base, o Governo da RAEM irá incentivar os serviços competentes e os empresários a “visitarem mais o exterior”, para dar a conhecer melhor aos amigos estrangeiros “a história de Macau” e “a história da Zona Aprofundada”, entre outras, partilhando as experiências de sucesso da implementação do princípio “Um País, Dois Sistemas”, bem como trazer as experiências de sucesso do estrangeiro para Macau, como referência na acção governativa.