A Secretária para os Assuntos Sociais e Cultura do Governo da RAEM, Ao Ieong U, em visita a Portugal, testemunhou, no dia 25 de Maio, a assinatura do memorando de entendimento no domínio dos arquivos entre o Instituto Cultural do Governo da RAEM da República Popular da China e a Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas da República Portuguesa, tendo ainda visitado o Arquivo Nacional da Torre do Tombo de Portugal e o Centro Científico e Cultural de Macau (CCCM), no sentido de aprofundar os laços de cooperação cultural entre Macau e Portugal.
Na manhã do dia 25 (hora portuguesa), na presença da Secretária, Ao Ieong U, e da Secretária de Estado da Cultura de Portugal, Isabel Cordeiro, a Presidente do Instituto Cultural (IC), Leong Wai Man, e o Director-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas de Portugal, Silvestre Lacerda, assinaram o memorando de entendimento no domínio dos arquivos entre o Instituto Cultural do Governo da RAEM e a Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas da República Portuguesa, no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa. A Secretária para os Assuntos Sociais e Cultura visitou ainda o Arquivo Nacional da Torre do Tombo e procedeu a uma troca de impressões.
À luz do Memorando e com base nos princípios de cooperação mútua, de complementaridade de vantagens, da partilha de resultados e de desenvolvimento comum, ambas as instituições comprometem-se a promover conjuntamente o reforço do conhecimento profissional dos arquivistas, a aprofundar a investigação sobre os arquivos pós-1886 de Macau, a enriquecer o acervo de ambas as partes através de tecnologia de reprodução de arquivos, bem como a promover e divulgar, em Portugal e na China, a Colecção “Chapas Sínicas”, cuja candidatura foi apresentada conjuntamente pelos dois Arquivos e a qual foi inscrita no Registo da Memória do Mundo da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) em 2017.
A Colecção “Chapas Sínicas”, cuja candidatura foi apresentada conjuntamente pelo Arquivo de Macau do Instituto Cultural e o Arquivo Nacional da Torre do Tombo de Portugal, foi inscrita no Registo da Memória do Mundo da UNESCO em Outubro de 2017. Desde então, os dois Arquivos cooperaram nos trabalhos de conservação e digitalização da Colecção, tendo explorado e divulgado arquivos e documentos relacionados com Macau e promovido o intercâmbio cultural entre a China e Portugal. A Cerimónia de Assinatura do Memorando contou ainda com a presença da Chefe do Gabinete da Secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ho Ioc San; da Adjunta do Gabinete da Secretária de Estado da Cultura de Portugal, Rita Sá Marques; da Assessora do Gabinete do Secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Leong Veng Hang; da Directora do Arquivo de Macau, Maria Fátima Lau; da Directora de Serviços de Relações Internacionais do Gabinete de Estratégia, Planeamento e Avaliação Culturais de Portugal, Lurdes Camacho; e do Chefe da Divisão do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, José Furtado.
Na tarde do mesmo dia, a Secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieong U, visitou o Centro Científico e Cultural de Macau (CCCM) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, em Lisboa, acompanhada pela Presidente do Centro, Carmen Amado Mendes, para conhecer o funcionamento e a experiência bem sucedida da instituição. Ao Ieong U visitou ainda a exposição “Viagens de Luz: Aguarelas da Paisagem de Macau na Colecção do Museu de Arte de Macau”, co-organizada pelo IC e pelo CCCM e actualmente patente no Centro. Durante a visita, ambas as representantes trocaram opiniões sobre o futuro reforço da cooperação entre as duas instituições.
O CCCM, fundado em 1995, inaugurado em 1999 e sediado em Lisboa, tem como missão promover e divulgar o conhecimento sobre Macau, dando a conhecer ao público o papel de Macau enquanto ponto de encontro das culturas portuguesa e chinesa. O Centro dispõe de um museu, uma biblioteca e um arquivo, proporcionando um espaço dedicado ao estudo e ensino da língua, cultura e história chinesas, para além de promover, em simultâneo, a investigação sobre arte, religião, língua e história. O Museu do CCCM possui um acervo extremamente rico, constituindo o único museu sobre Macau fora da China, atraindo investigadores e estudantes do ensino superior de várias áreas.
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