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Portugal e Macau continuam a reforçar o intercâmbio e cooperação nas áreas de saúde, educação e cultura

Secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieong U, fala à comunicação social.

A secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieong U, apresentou, hoje (30 de Maio), à comunicação social, o balanço da sua visita a Portugal, à frente de uma delegação oficial da Região Administrativa Especial de Macau(RAEM). Indicou que durante a estadia em Portugal, a delegação de Macau trocou, com instituições de ensino superior e outras entidades locais, impressões sobre a cooperação nas áreas de saúde, educação e cultura, afirmando ter alcançando os resultados previstos.

A secretária começou por dizer que se deslocou, em primeiro, a Genebra para participar na 76.ª Assembleia Mundial da Saúde, na qualidade de membro da delegação da República Popular da China. Em seguida foi para Portugal e a delegação teve um encontro com o Ministro da Saúde onde trocaram impressões sobre cooperação na área médica e assuntos relativos à formação de quadro qualificados, nomeadamente recrutamento de médicos especialistas que faltem em Macau, garantia do sistema de aposentadoria dos médicos portugueses a trabalhar na RAEMe o envio periódico de médicos a Portugal para participarem em acções de formação. Sublinhou que este encontro estabeleceu uma base sólida para uma contínua comunicação e colaboração entre as partes, sob o apoio do Ministro da Saúde de Portugal, além disso, incrementou o intercâmbio na indústria farmacêutica, e neste sentido espera que as empresas portuguesas da área possam investir mais em Macau.

Quanto a assuntos culturais, a secretária indicou que a assinatura do memorando de entendimento no domínio dos Arquivos contribuí para reforçar os trabalhos de restauração e os conhecimentos dos profissionais da área e enriquecer o acervo entre ambas as partes.

Relativamente à educação, a delegação visitou várias instituições de ensino superior de Portugal, tendo a Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude assinado vários protocolos de cooperação com três instituições oficiais de ensino superior, com o objectivo de reforçar a cooperação académica, científica e tecnológica, e de formação de quadros qualificados, bem como, os trabalhos na área do ensino da língua portuguesa. Também trocaram opiniões sobre o recrutamento de professores da língua portuguesa e do ensino especial cuja língua materna seja o português.

Quanto à eventual construção de edifícios habitacionais, para médicos especialistas do Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas, no Lote SQ2 de Seac Pai Van, Ao Ieong U, referiu que, no planeamento inicial do Complexo, ainda não estava previsto convidar o Peking Union Medical College Hospital como parceiro, mas actualmente, após as instalações terem sido melhoradas, a importação de especialistas contribuirá para o desenvolvimento da área da saúde, beneficiando os cidadãos sem terem de se deslocarem ao exterior para a consulta médica. Acrescentou que, no planeamento do Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas, o dormitório do pessoal de trabalho tem cerca de 250 quartos, que têm de ser reservados ao hospital como dormitório para emergências de saúde pública, incluindo durante epidemias ou tufões.

Quanto ao alojamento dos especialistas da área de saúde em Macau, a mesma responsável indicou que o Governo da RAEM ainda ponderou alugar apartamentos no mercado privado, mas enfrenta o elevado custo e a dificuldade de garantir uma localização próxima do Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas. Acrescentou que após várias comunicações entre o Governo da RAEM e o Peking Union Medical College Hospital, considerou que a construção de habitação poderá ser articulada com o desenvolvimento do Centro Médico de Macau do Peking Union Medical College Hospital do Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas, permitindo que os especialistas médicos de alto nível, enviados a trabalhar no Centro Médico de Macau, vivam em locais próximos e retornem ao hospital o mais rápido possível sempre que for necessária uma cirurgia de emergência, sendo esta disposição mais favorável para os pacientes. A mesma referiu que após profunda consideração o Governo da RAEM tomou esta decisão já que ainda não tinham tido condições para divulgar ao público por estarem a aguardar confirmação dos serviços da área do planeamento.

Ao Ieong U indicou que actualmente existe também o alojamento atribuído pelo Governo da RAEM a pessoal recrutado ao exterior, e alguns hospitais nas regiões vizinhas também têm esta disposição, tendo em consideração que para o pessoal de saúde a proximidade entre o alojamento e o hospital permite responder de forma eficiente a situações de emergência. Acrescentou que o plano original, desde edifício habitacional, previa fornecer 230 dormitórios, mas o actual plano tem condições de prestar 340 dormitórios. Sublinhou que o governo aproveitará a forma de dormitório para prestar aos especialistas o alojamento, e se os mesmos saírem de Macau, serão fornecidos para os outros da mesma área.

A secretária disse antecipar que os cargos dos 500 trabalhadores que o Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas necessitará na primeira fase, serão dados prioridade à contratação de trabalhadores locais, mas caso em Macau não consigam satisfazer plenamente a procura, o governo ponderará a importação de mão de obra. Acrescentou qua, na fase inicial, o Peking Union Medical College Hospital, enviará para Macau 50 quadros de gestão, entre enfermeiros, maquinistas, e médicos especialistas que assumirão os cargos de chefe das consultas externas.

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