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Diagnosticado um caso suspeito de Tsutsugamushi (tifo epidémico)


Os Serviços de Saúde foram notificados para a detecção de um caso suspeito de Tsutsugamushi, vulgarmente conhecido como Tifo Epidémico (Scrub Typhus). Este é o quinto caso suspeito de Tsutsugamushi em Macau este ano.

Trata-se de um residente de Macau, com 48 anos de idade, inspector de arborização em parques naturais e trilhos, que no dia 3 de Junho manifestou febre, tendo recorrido a uma instituição médica para consulta médica. No dia 9 de Junho, devido à febre persistente, recorreu ao Serviço de Urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário, onde foi submetido a consulta médica e foi internado para tratamento. O doente encontra-se em estado considerado estável. Após o exame médico, verificou-se que havia uma escara do tamanho de um amendoim na sua axila direita. De acordo com os sintomas e sinais vitais, o diagnóstico clínico do doente é Tsutsugamushi. O mesmo trabalhava nos vários parques naturais e trilhos do Cotai, durante esse período, cumpriu a sua função no mato. O doente, negou ter histórico de viagens recentes, os familiares e colegas de trabalho não apresentaram nenhum sintoma semelhante.

A doença de Tsutsugamushi é uma doença infecto-contagiosa aguda provocada pela picada de larvas portadoras de Rickettsia tsutsugamushi.

Os roedores (ratos) que existem nas selvas com temperatura e humidade elevadas, cobertas de ervas constituem o habitat natural e de multiplicação de Rickettsia tsutsugamushi. As larvas de Rickettsia podem ser infectadas quando parasitam nos ratos, e se as pessoas forem picadas pelas larvas portadoras de Rickettsia tsutsugamushi que existem nas selvas podem ficar doentes. Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, exantema e possuiu uma característica especial: o local da picada da larva forma uma escara indolor com um buraco no centro. Se não for tratado imediatamente, um pequeno número de pacientes pode desenvolver complicações graves, incluindo pneumonia, encefalite e miocardite, resultando em insuficiência respiratória, choque e mesmo morte, com uma taxa de mortalidade até 60% dos pacientes afectados. Até ao presente momento, não existe vacina para prevenir a mesma e a administração de antibióticos constitui o tratamento mais eficaz.

Os Serviços de Saúde apelam aos residentes e aos trabalhadores para tomarem obrigatoriamente as seguintes medidas, quando realizam actividades no parque, na zona relvada e no campo:

  • Relativamente à protecção pessoal, quando viajar, trabalhar ou realizar actividades em zonas relvadas e no campo, deve caminhar preferencialmente pelo trilho pedestre, evitando passear pelas zonas relvadas ou de mata. Caso tenha acesso às zonas de risco, deve usar vestuário de protecção como roupas com mangas compridas, calças compridas, botas altas, luvas, entre outros. Aplicar repelente anti-mosquito contendo DEET no vestuário e nas partes expostas, evitando picadas de mosquitos e insectos portadores de Rickettsia;
  • Ao sair da região afectada, deve tomar banho e substituir todo o vestuário o mais breve possível, a fim de evitar picadas de mosquitos e o transporte de insectos portadores de Rickettsia;
  • Caso tenha sintomas de febre, deve recorrer imediatamente ao médico para tratamento médico.

Os serviços e o pessoal responsáveis pela gestão dos parques e zonas naturais:

  • Devem eliminar periodicamente as ervas daninhas, a fim de controlar o habitat e reduzir a densidade de larvas de Rickettsia, assim como proceder de forma periódica aos trabalhos de controlo de roedores para evitar a proliferação dos mesmos.