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Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador referente ao 1.º Trimestre de 2023


De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) no 1.º trimestre de 2023, a confiança dos empresários industriais locais nas perspectivas das exportações para os próximos seis meses manteve-se prudente. As principais mercadorias exportadas de Macau foram, por ordem decrescente, os equipamentos electrónicos/eléctricos, produtos farmacêuticos, mesas para os jogos/equipamentos para os jogos de fortuna e azar, vestuários e confecções, bebidas alcoólicas e tabaco. A União Europeia e Hong Kong foram o mercado de destino das exportações de Macau com performance relativamente melhor.

Quanto à carteira de encomendas, a duração média mensal da carteira de encomendas detida pelos empresários industriais inquiridos foi de 3,5 meses no trimestre em análise, representando um aumento de 0,7 meses face ao trimestre anterior. A carteira de encomendas detida pelo sector de “vestuário e confecções” que ocupou o primeiro lugar foi de 4,4 meses, a carteira de encomendas detida pelos sectores de “equipamentos electrónicos/eléctricos”, “produtos farmacêuticos” e “outros produtos não têxteis” foram de 3,5 meses, 3,4 meses e 2,6 meses, respectivamente.

No que concerne aos mercados de destino das exportações, segundo o “Índice geral da situação de encomendas trimestral por mercados”, a União Europeia e Hong Kong foram o mercado de destino com performance relativamente melhor, apresentando índices de 19,3% e 16,4%, respectivamente. Entretanto, a performance dos mercados da região Ásia-Pacífico (excluindo o Interior da China, Hong Kong e o Japão) e dos Estados Unidos da América foi relativamente menos favorável, apresentando índices de -25,9% e -22,0%, respectivamente.

No que respeita às perspectivas das exportações para os próximos seis meses, os empresários industriais locais tomaram uma atitude prudente quanto às perspectivas das exportações para os próximos seis meses. As empresas inquiridas que anteciparam uma perspectiva optimista desceram para 20,1% no trimestre em análise, representando uma descida de 6,7 pontos percentuais face ao 4.º trimestre de 2022 (26,8%). Destas referidas, 19,6% previram um “ligeiro crescimento” e 0,5% previram um “aumento acentuado” nas exportações. As empresas que anteciparam uma evolução menos favorável foram de 57,6%, subindo 7,2 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior (50,4%). De entre estas, 5,0% apontaram para um “ligeiro decréscimo” e 52,6% para um “forte declínio”. As empresas que previram uma situação “semelhante” desceram de 22,8% no trimestre anterior, para 22,3% no 1.º trimestre de 2023, correspondendo a uma descida de 0,5 pontos percentuais. Todos os dados reflectiram que os empresários de Macau ainda se mantiveram prudentes quanto às perspectivas das exportações.

No tocante ao mercado de emprego, o número de trabalhadores das empresas industriais inquiridas registou um aumento de 4,2% face ao trimestre anterior e uma redução de 2,2% face ao período homólogo do ano de 2022. Por outro lado, 67,8% das empresas inquiridas afirmaram ter enfrentado a situação da insuficiência de trabalhadores, sendo esta percentagem superior à verificada no trimestre anterior (41,9%) e no período idêntico do ano de 2022 (58,6%). Além disso, 89,1% das empresas inquiridas do sector de “produtos farmacêuticos” e 81,4% do sector de “equipamentos electrónicos/eléctricos” manifestaram uma procura relativamente notável de trabalhadores.

De entre os problemas que afectam as actividades de exportação, 67,3% das empresas inquiridas consideraram o “insuficiente volume de encomendas” como o maior problema que estavam a encarar, enquanto 56,9% apontaram para os “preços mais competitivos praticados no estrangeiro” e 54,2% para os “preços elevados das matérias-primas”. Quanto às perspectivas para os próximos três meses, de entre as empresas inquiridas, 82,3% preocuparam-se principalmente com o “insuficiente volume de encomendas”, 51,1% com os “preços elevados das matérias-primas”.