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CCAC concluiu a investigação de um caso de corrupção activa praticado por um estudante de doutoramento da Universidade de Macau


O Comissariado contra a Corrupção (CCAC) recebeu uma denúncia identificada, apresentada por um professor da Universidade de Macau, na qual referia que um aluno seu de doutoramento tentou suborná-lo para obter a aprovação da proposta de dissertação que tinha de entregar antes da elaboração da tese, procurando garantir assim a conclusão do curso com sucesso.

Após investigação, o CCAC descobriu que o doutorando em causa, vindo do Interior da China, depois de ser admitido pela Faculdade de Direito da Universidade de Macau, não conseguiu apresentar, a tempo, uma proposta de dissertação que satisfizesse as exigências académicas do professor orientador. De acordo com as regras da Universidade, se os estudantes não concluírem a proposta de dissertação antes do termo do terceiro ano de frequência do curso, serão expulsos pela faculdade. Antes do termo do prazo, o professor orientador descobriu, na sua caixa de correio pessoal, que o livro que tinha oferecido ao doutorando continha um envelope vermelho com um maço de dinheiro. O professor orientador contactou, de imediato, o pessoal administrativo da Universidade para se reunir com o doutorando, tendo este admitido que se tratava do dinheiro que pretendia dar ao professor orientador. O doutorando em causa, depois de ser admitido na Universidade de Macau, tinha já tentado oferecer, no passado, ao professor orientador em causa alguns milhares de patacas em cupões de compras, mas foi então severamente advertido e a oferta rejeitada.

O referido doutorando é suspeito da prática do crime de corrupção activa previsto no Código Penal, tendo o caso sido encaminhado para o Ministério Público para os devidos efeitos.