A Prof.ª Doutora Lan Hong, Vice-Directora do Centro de Pesquisa em Finanças Ecológicas da Universidade Renmin da China, Vice-Directora da Filial de Finanças Verdes da Sociedade de Ciências Ambientais da China e Vice-Directora da Comissão dos Profissionais de Finanças Verdes da Associação Chinesa da Indústria de Protecção Ambiental, proferiu o discurso principal do evento
Na cerimónia de abertura do Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental de Macau 2023 (2023MIECF), realizada hoje (dia 17), a Prof.ª Doutora Lan Hong foi convidada como oradora principal para proferir o discurso principal intitulado “Aprofundar a Cooperação em Finanças Verdes para Alcançar Conjuntamente a Neutralidade de Carbono”. Para além da qualidade de professora, a convidada é ainda Vice-Directora do Centro de Pesquisa em Finanças Ecológicas da Universidade Renmin da China, Vice-Directora da Filial de Finanças Verdes da Sociedade de Ciências Ambientais da China e Vice-Directora da Comissão dos Profissionais de Finanças Verdes da Associação Chinesa da Indústria de Protecção Ambiental.
Centrar-se em finanças verdes para promover a concretização da neutralidade de carbono
Segundo a Prof.ª Doutora Lan Hong, actualmente, o desenvolvimento de finanças verdes está centrado na neutralidade de carbono. No momento, o Interior da China está a esforçar-se activamente para alcançar o pico das emissões de carbono e a neutralidade de carbono, com um enorme défice de fundos para vários projectos de baixo carbono. Perante isto, pode-se analisar o desenvolvimento de seguros de carbono como uma forma de proporcionar garantia ao financiamento dos projectos de redução das emissões de carbono e de diversificar os riscos dos projectos de adaptação às alterações climáticas. Em paralelo, através da diferenciação de incentivos aos prémios, do investimento em projectos de baixo carbono e da implementação das medidas de redução das emissões de carbono na operação própria, e em articulação com a função de supervisão, será atingida a meta da neutralidade de carbono.
Aproveitar as vantagens de Macau para promover o desenvolvimento sustentável de finanças verdes
Ainda segundo as sugestões apresentadas pela Prof.ª Doutora Lan Hong, as plataformas de obrigações de Macau podem ser aproveitadas para financiar projectos verdes do Interior da China, no sentido de ajudar a atrair fundos verdes internacionais. A criação de uma plataforma transfronteiriça de transacções de carbono em Macau permitirá que os produtos de transacções de carbono do Interior da China sejam melhor ligados ao mercado internacional de transacções de carbono. Além disso, convém explorar e criar em Macau uma plataforma transfronteiriça de transacções de carbono denominada em Renminbi, um mercado de finanças verdes, uma plataforma sino-lusófona de serviços de finanças verdes, entre outros.
O 2023MIECF é organizado pelo Governo da Região Administrativa Especial de Macau e conta com a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da República Popular da China, o Ministério da Ciência e Tecnologia da República Popular da China, o Ministério da Indústria e Tecnologias da Informação da República Popular da China e o Ministério da Ecologia e Ambiente da República Popular da China como entidades especiais de apoio. A realização ainda tem a colaboração dos governos das províncias e regiões que integram o Pan-Delta do Rio das Pérolas e a coordenação do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) e da Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA). Sob o tema principal “Iniciativas Inovadoras para a Construção de uma Civilização Ecológica”, o 2023MIECF tem lugar de 17 (hoje) a 20 de Agosto (quinta-feira a domingo) e tem como objectivo de promover o intercâmbio e a cooperação internacional no domínio de protecção ambiental entre as entidades governamentais, industriais, académicas, de investigação, de consumidores e financeiras.
