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Resposta ao anúncio do início da descarga no mar, pelo Japão, de águas contaminadas da central nuclear de Fukushima

O IAM irá reforçar de forma contínua a inspecção de produtos alimentares importados do Japão

O Japão declarou que iria descarregar em breve águas contaminadas da central nuclear de Fukushima no mar. O Governo da RAEM expressa o seu forte descontentamento perante esta situação e, a fim de garantir a segurança alimentar de Macau e a saúde dos seus cidadãos, tomará as medidas necessárias. A partir do dia 24 de Agosto de 2023, é proibida a importação de produtos alimentares frescos e vivos, produtos de origem animal, sal e algas marinhas, incluindo vegetais, frutas, leite e derivados, produtos aquáticos e derivados, carnes e derivados, ovos de aves, entre outros, de dez prefeituras japonesas, a saber, Fukushima, Chiba, Tochigi, Ibaraki, Gunma, Miyagi, Niigata, Nagano, Saitama e Tóquio.

O Japão decidiu descarregar águas contaminadas da central nuclear no mar, sem uma negociação suficiente com os países vizinhos, o que se trata dum acto extremamente irresponsável. O Governo de RAEM está a prestar a máxima atenção ao incidente. O Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) tem mantido um contacto estreito com a Administração Geral da Alfândega da Chinae a Alfândega de Gongbei, para além de estabelecer um mecanismo de comunicação com o Centro de Segurança Alimentar de Hong Kong.

Desde o início do corrente ano, o IAM tem reforçado a inspecção e monitorização de substâncias radioactivas nos produtos alimentares importados do Japão nas vertentes da importação e da venda a retalho. Este Instituto adicionou a medição de radionuclídeos específicos como teste rotineiro de segurança alimentar e mandou testar os produtos de cada lote e caixa com aparelhos para medição de radiação nos postos fronteiriços como do Aeroporto Internacional ou do Porto Interior, etc. Entre 1 de Janeiro e 21 de Agosto do ano corrente, o IAM já procedeu à inspecção da radiação a 23 137 alimentos importados do Japão, tendo recolhido cerca de 160 amostras para a realização de inspecção de radionuclídeos, sem que fosse detectada qualquer anomalia.

O IAM reforça ainda a inspecção a lojas de venda a retalho, fazendo uso de radiómetros portáteis para testar produtos alimentares pré-embalados, nomeadamente alimentos não essenciais importados de outras prefeituras que não se sujeitam à inspecção, tais como o arroz, as algas marinhas secas, as folhas de chá, os petiscos, entre outros, para além de recolher amostras alimentares para os testes de radionuclídeos. Para aumentar a transparência das informações e reforçar a educação científica, o IAM vai disponibilizar amanhã uma página electrónica temática de segurança alimentar sobre inspecção de radionuclídeos. Além de publicar diariamente os dados dos testes de radiação, este Instituto promove a divulgação científica junto da sociedade através de infografias, “posts” e vídeos.

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