A Autoridade Monetária de Macau organizou o II Encontro de Gestão de Reservas dos Bancos Centrais dos Países de Língua Portuguesa
Prosseguindo o objectivo que consiste em desempenhar o papel de Macau como “Plataforma para prestação de serviços financeiros entre a China e os países de língua portuguesa”, a Autoridade Monetária de Macau (AMCM) organizou, no período compreendido entre 18 e 22 de Setembro, o “II Encontro de Gestão de Reservas dos Bancos Centrais dos Países de Língua Portuguesa”, com uma duração de uma semana, tendo convidado a participar representantes dos bancos centrais dos países de língua portuguesa, de forma a partilhar e trocar experiências no âmbito da gestão de reservas oficiais.
Intercâmbio das experiências na gestão de reservas de forma a aprofundar a cooperação entre a China e os países lusófonos na área financeira
O evento contou com a presença de representantes dos bancos centrais dos países lusófonos, nomeadamente, de Angola, do Brasil, de Cabo Verde, de Moçambique, de Portugal, de Timor-Leste e de São Tomé e Príncipe. Na sua intervenção, o presidente do Conselho de Administração da AMCM, Dr. Chan Sau San, expressou os seus agradecimentos pela participação activa dos países lusófonos neste encontro, tendo manifestado o desejo de aproveitar esta oportunidade para trocar experiências práticas na gestão do investimento das reservas oficiais com os representantes dos bancos centrais dos países lusófonos, destacando as experiências da AMCM, de mais de 10 anos, no investimento em activos em RMB, de modo a articular-se com o plano estratégico do País relativo à promoção da internacionalização de RMB.
Tendo presente que a realização deste evento coincidiu com a nova emissão de obrigações do Estado efectuada pelo Ministério das Finanças da República Popular da China, a AMCM organizou uma sessão de intercâmbio entre representantes do Ministério das Finanças e do Banco Popular da China e os representantes oficiais dos bancos centrais dos países de língua portuguesa, na área da gestão de reservas, de modo a permitir que os participantes adquirissem um melhor conhecimento sobre as características dos títulos de dívida soberana emitidos na China, bem como a situação de abertura do mercado obrigacionista do Interior da China. No decurso do evento, foram também convidados representantes do Banco de Pagamentos Internacionais, do Banco de Portugal e do Banco Central do Brasil para efectuarem uma série de palestras especializadas.
Organização de várias visitas para realçar o papel da RAEM como “Fórum de Macau”
Para além do intercâmbio de experiências na gestão de reversas, foi organizada ainda, em colaboração com a Direcção dos Serviços de Desenvolvimento Financeiro da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin, uma visita de estudo dos representantes dos bancos centrais dos países lusófonos à Zona de Cooperação Aprofundada, permitindo que os participantes conhecessem a situação actual da cooperação entre Macau e Hengqin em termos do desenvolvimento sinérgico na área financeira. Paralelamente, com vista a reforçar o conhecimento dos participantes sobre o papel da RAEM como “Fórum de Macau”, realizaram-se ainda visitas dos participantes ao Pavilhão de Exposição da Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, bem como aos dois bancos emissores de Macau. Além disso, foi realizado um encontro dos participantes com os delegados dos Países de Língua Portuguesa junto do Secretariado Permanente do Fórum de Macau para efeitos de intercâmbio.
O “II Encontro de Gestão de Reservas dos Bancos Centrais dos Países de Língua Portuguesa” organizado em Macau decorreu com sucesso. Através da organização deste evento, reforçou-se o conhecimento dos participantes sobre as vantagens do sistema monetário da RAEM, existentes no contexto da implementação do princípio “um país, dois sistemas”, contribuindo, de forma activa, para aprofundar o intercâmbio e a cooperação entre os bancos centrais dos países lusófonos e Macau, bem como reforçar os laços existentes entre a China e os países lusófonos. No futuro, a AMCM continuará a promover, de forma faseada, a cooperação financeira com os países de língua portuguesa, de acordo com as políticas estratégicas a nível nacional e as linhas de acção governativa definidas pelo Governo da RAEM, fortalecendo, desta forma, o papel de Macau como “Plataforma para prestação de serviços financeiros entre a China e os países de língua portuguesa”.
Ver galeria