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Os Serviços de Saúde notificados do primeiro caso de “Mpox” em Macau


Os Serviços de Saúde foram notificados, no dia 26 de Setembro, do primeiro caso de Mpox.

Trata-se de um homem de 29 anos, residente de Macau, desempregado. No dia 16 de Setembro, teve febre, e no dia 19 de Setembro apresentou sintomas como linfadenopatia, erupções cutâneas e bolhas no corpo. Nos dias 17, 18 e 20 de Setembro recorreu ao Hospital Kiang Wu, mas os sintomas não melhoraram. No dia 25 de Setembro recorreu ao Serviço de Urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário, e o teste de ácido nucleico do vírus Monkeypox com recurso a uma zaragatoa com fluido pustular foi positivo, tendo sido diagnosticado com Monkeypox (varíola dos macacos). Actualmente, o estado clínico é considerado estável e encontra-se internado para tratamento em isolamento.

De acordo com as informações de investigação epidemiológica, durante o período de incubação, o doente teve relações sexuais de alto risco em Macau. Também esteve em Hong Kong e Zhuhai, tendo alegado que não teve relações sexuais de alto risco nesses locais (Hong Kong, Zhuhai) e após o aparecimento de sintomas. Outras situações do doente ainda estão a ser investigadas, incluindo o rastreio de pessoas de contacto próximo e da fonte de disseminação.

A Mpox (Monkeypox/varíola dos macacos) é uma doença infecciosa causada pelo vírus Mpox. No passado, a doença era transmitida, principalmente, dos macacos para humanos em África. Desde Maio de 2022, a doença espalhou-se rapidamente pela Europa e América do Norte. Actualmente, já se registaram casos em vários países e regiões a nível mundial e a sua transmissão é principalmente efectuada através de actos sexuais de alto risco, nomeadamente actos sexuais entre homens ou entre parceiros sexuais múltiplos.

A par disso, o vírus Mpox pode ser transmitido através do contacto directo com a pele patológica ou mucosa do doente, contactar com os objectos contaminados pelo vírus, inalar, a longo prazo, as gotículas de saliva do tracto respiratório do infectado, bem como a transmissão através do contacto com os roedores, macacos e símios infectados, entre outros primatas.

Cerca de 5 a 21 dias após a infecção pelo vírus da varíola dos macacos, o doente pode apresentar sintomas precoces, como febre, dor de cabeça, linfadenopatia, dores musculares, entre outros, em que a maioria dos doentes apresenta erupções cutâneas como varicela no período de 1 a 3 dias após a infecção. As erupções cutâneas podem ocorrer na cara, nos membros, nas palmas das mãos, nas bases dos pés, na mucosa da garganta da cavidade oral, no ânus e nos órgãos genitais, entre outros. Os sintomas podem desaparecer entre duas a quatro semanas. A taxa de mortalidade dos casos de infecção nas zonas epidémicas não endémicas a nível mundial desde 2022 é de cerca de 0,1%.

Tendo em conta o aumento significativo de casos de Mpox (Monkeypox) nas regiões vizinhas, o risco de propagação da mesma doença em Macau tem aumentado.

Com o intuito de reduzir o risco de transmissão, a partir de 14 de Setembro, os residentes de Macau de alto risco avaliados pelo médico podem administrar gratuitamente a vacina contra a varíola dos macacos nos centos de saúde ou postos de saúde através da marcação prévia. A vacinação é considerada uma medida preventiva antes da exposição a esta doença. Os não residentes de Macau autorizados legalmente a permanecer em Macau, caso sejam avaliados como de alto risco, podem ser administrados a sua conta própria. Para mais informações sobre a marcação, queira contactar com os centros de saúde ou postos de saúde da área a que pertencem. A presente vacinação não está disponível aos turistas.

Os Serviços de Saúde salientam que, em referência das informações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e de outros países ou regiões, o risco de infecção por Mpox é baixo para a população em geral, não sendo necessária a vacinação em grande escala, e relativamente aos indivíduos de alto risco (incluindo os que tiveram contacto próximo com doentes suspeitos ou confirmados da varíola dos macacos, os que têm actos sexuais de alto risco ou os profissionais de saúde que têm contactos com doentes suspeitos ou confirmados da varíola dos macacos por causa do trabalho), podem considerar a administração da respectiva vacina.

Os Serviços de Saúde apelam aos residentes para prestarem atenção ao seguinte:

  1. Devem manter atenção a actos sexuais seguros e evitar a prática de actos sexuais de alto risco, nomeadamente actos sexuais arbitrários ou com parceiros sexuais múltiplos;
  2. Devem evitar o contacto com indivíduos/animais suspeitos de serem infectados pelo vírus da varíola dos macacos ou objectos contaminados;
  3. Em caso de aparecimento de sintomas de varíola dos macacos, devem recorrer ao médico o mais rápido possível, informando-lhe a história de viagem e de contacto e evitar relações sexuais ou contacto próximo com outras pessoas;
  4. Os indivíduos com idade igual ou superior a 18 anos e de alto risco (incluindo os homens homossexuais) podem considerar a administração da vacina contra a varíola dos macacos.
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