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O CHCSJ realizou com sucesso a primeira cirurgia de estimulação cerebral profunda para doença de Parkinson em Macau

O CHCSJ e o Hospital Prince of Wales de Hong Kong formaram uma equipa médica conjunta que realizou com sucesso a primeira cirurgia de estimulação cerebral profunda em Macau

O Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ) realizou com sucesso, a primeira cirurgia de estimulação cerebral profunda em Macau, para um doente com doença de Parkinson. Após a cirurgia, o doente recuperou e pode comer por conta própria.

No início do corrente ano, o CHCSJ iniciou os trabalhos preparativos para o tratamento cirúrgico da doença de Parkinson, ou seja, a cirurgia de estimulação cerebral profunda, tendo enviado vários profissionais de saúde especializados para receberem formação específica no Hospital Prince of Wales, em Hong Kong. O conteúdo da formação incluiu a avaliação pré-operatória, a operação cirúrgica e os cuidados de reabilitação pós-operatória. Os serviços de estimulação cerebral profunda envolvem vários serviços e unidades de acção médica, incluindo neurologia, neurocirurgia, psiquiatria, radiologia e imagiologia, anestesiologia e reabilitação. A equipa irá avaliar em conjunto o estado clínico do doente, elabora o plano cirúrgico e executa a cirurgia, bem como fornecer os cuidados e acompanhamento subsequentes. Antes da cirurgia, o doente tem de se submeter a vários testes, e só depois de uma avaliação detalhada, o paciente com indicações cirúrgicas que atendam às normas internacionais, pode receber tratamento cirúrgico.

No processo do primeiro caso cirúrgico da doença de Parkinson em Macau, os profissionais de saúde, em primeiro lugar, fixaram com pregos a estrutura da cabeça para posicionamento no crânio do paciente, e realizaram uma ressonância magnética no paciente para encontrar a localização do alvo de estimulação. Para a verificação mútua da precisão da localização do alvo, na parte inicial da cirurgia, é necessário que o doente esteja consciente sob anestesia local, detectando a reacção da função linguística ou motora do doente a qualquer momento, a fim de confirmar a localização do alvo e a precisão da profundidade. Quando o alvo de estimulação é colocado com precisão no alvo, o paciente será alvo de anestesia geral e, depois colocado no corpo o gerador e os cabos eléctricos de ligação aos eléctrodos. Todo o processo de operação correu bem naquele dia, e o doente recuperou após a cirurgia, podendo movimentar-se e comer por si próprio. Em seguida, o médico enviará então pulsos eléctricos para estimular partes específicas do cérebro, através de eletrodos implantados no corpo do paciente, reduzindo efetivamente os sintomas de tremor, rigidez, bradicinesia e discinesia em cerca de 40% a 60%.

Os Serviços de Saúde apontam que a doença de Parkinson tem como princípio o tratamento integrado, incluindo o tratamento medicamentoso, o tratamento cirúrgico, o tratamento de reabilitação, o tratamento psicológico, entre outros. A doença de Parkinson é tratada principalmente com os medicamentos de Levodopa, mas a sua eficácia vai-se enfraquecendo com o tempo de administração dos medicamentos e, ao mesmo tempo, pode provocar efeitos secundários como Choreia. Se a condição não puder ser controlada após tomar a medicação, os pacientes que atendem às indicações para cirurgia, podem ser considerados para estimulação cerebral profunda após avaliação médica. A estimulação cerebral profunda é uma operação que melhora a doença de Parkinson, também conhecida como o pacemaker do cérebro, que funciona como um pacemaker cardíaco. Através da cirurgia, coloca-se um eléctrodo numa posição específica no fundo do cérebro, ligando o eléctrodo por meio de fios ao gerador colocado no peito abaixo da clavícula, e um impulso eléctrico emitido por este gerador estimula uma parte específica do cérebro, a fim de controlar os sintomas de tremor, rigidez e lentidão de movimentos da doença de Parkinson. A cirurgia não é um tratamento radical, mas pode reduzir a quantidade de medicamentos. Após a cirurgia, o paciente precisa de ajustar regularmente os medicamentos na consulta externa. A maioria dos pacientes pode melhorar a qualidade de vida após a cirurgia, aliviar os sintomas e aumentar a sua capacidade de movimentação diária e independência.

A doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum em Macau, cuja causa principal é a falta de dopamina no cérebro, e o tratamento consiste, em princípio, na administração de medicamentos complementares de dopamina para melhorar os sintomas. Até ao momento, não há no mundo nenhuma forma de curar ou interromper a progressão da doença, mas os primeiros pacientes com Parkinson, tiveram resultados notáveis no tratamento com os medicamentos. Actualmente, mais de 1300 doentes de Parkinson estão a ser submetidos a tratamento em Macau, e os Serviços de Saúde, possuem uma reserva relativamente suficiente em termos de tipos de medicamentos, bem como medicamentos orais e adesivos para a pele. De acordo com a evolução da doença, alguns casos mais simples serão submetidos a tratamento nos centros de saúde e, caso seja necessário, serão encaminhados para a especialidade de neurologia para acompanhamento. Se houver indicação de avaliação para cirurgia, o paciente poderá ser submetido cirurgia de estimulação cerebral profunda, através de neurocirurgia. Os Serviços de Saúde apelam aos residentes que caso suspeitem ter a doença de Parkinson, podem recorrer ao Centro de Saúde para avaliação preliminar e exame médico.

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