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“Dia de Acção para a Eliminação do Cancro do Colo do Útero” – Reforço do rastreio da doença aumenta a probabilidade de cura dos doentes

A partir de 1985, os Serviços de Saúde começaram a realizar regularmente exames de citologia do colo do útero às mulheres com sexualidade activa.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou, no dia 17 de Novembro de 2020, a Estratégia Global para Acelerar a Eliminação Rápida do Cancro do Colo do Útero como um Problema de Saúde Pública, definindo três metas a alcançar em 2030, nomeadamente:

1) 90% das raparigas totalmente vacinadas contra o papilomavírus humano (vulgarmente conhecida como vacina contra o HPV) antes dos 15 anos;

2) 70% das mulheres submetidas a um exame de rastreio do cancro cervical de alta eficiência antes dos 35 anos, e a um exame adicional antes dos 45 anos;

3) 90% das pessoas mulheres identificadas com cancro do colo do útero a receber tratamento. A taxa padronizada de incidência do cancro do colo do útero deve ser inferior a 4 por 100 mil mulheres.

Estas medidas podem ajudar a reduzir em mais de 40% o número de novos casos até 2050 e prevenir cinco milhões de mortes. Desde então, o dia 17 de Novembro de cada ano passa a ser assinalado como o "Dia de Acção para a Eliminação do Cancro do colo do útero", para sensibilizar o público a trabalhar em conjunto para alcançar a meta em 2030.

Reforçar o rastreio de doenças para aumentar a probabilidade de cura

Os Serviços de Saúde afirmam que, em cumprimento do Plano Nacional de Acção "China Saudável" e em articulação com a construção de cidade saudável, o Governo da Região Administrativa Especial de Macau tem mantido estreita cooperação interactiva com as associações, instituições e residentes, e com objectivo de alcançar a construção uma cidade saudável em Macau, irão definir políticas de saúde apropriadas, criar as condições para um ambiente saudável e incentivar a adoptação de estilo de vida saudável; Ao mesmo tempo, realizar-se-ão activamente pesquisas científicas e rastreio de doenças, bem como um inquérito sobre o estado de saúde de toda a população e, através do rastreio dos principais cancros, atingir-se-á a meta de "detecção precoce, diagnóstico precoce e tratamento precoce", de forma a aumentar a probabilidade de cura dos doentes.

No que concerne ao combate contra o cancro do colo do útero, a partir de 1985, os Serviços de Saúde começaram a realizar periodicamente o exame de citologia do colo do útero (vulgarmente designado por exame de Papanicolau) às mulheres com sexualidade activa; A partir de 2009, iniciaram a cooperação com as instituições médicas sem fins lucrativos, com vista a aumentar o número de postos de atendimento e prestar serviços fora do horário de expediente, para facilitar o acesso das mulheres trabalhadoras. A partir de 2019, com base no exame de Papanicolau, foi alargado o serviço de teste de HPV-DNA às mulheres com idade igual ou superior a 30 anos, de forma a aumentar a eficiência e a sensibilidade do rastreio de cancro do colo do útero. Desde 2009 até à presente data, registou-se um total acumulado de 1,65 milhões de pessoas que utilizaram os referidos serviços, pelo que os trabalhos de rastreio têm surtido efeito de forma gradual. Nos últimos anos, a taxa de incidência do cancro do colo do útero invasivo do colo do útero em Macau diminuiu quase 30% face a 2011, enquanto a taxa de mortalidade diminuiu 8%. Por outro lado, em 2013, o Governo da RAEM introduziu a vacina contra o HPV no programa de vacinação, sendo gratuita a vacinação dos residentes do sexo feminino com idade inferior a 18 anos, prevendo-se que o risco de cancro do colo do útero nas mulheres possa ser reduzido ainda mais.

O cancro do colo do útero é uma doença evitável

Os Serviços de Saúde afirmam que o cancro do colo do útero é o quarto cancro mais comum em mulheres em todo o mundo. Este é um tumor maligno que ocorre no colo do útero, derivado do crescimento de forma descontrolada das células. Normalmente, o corpo consegue eliminar as células anormais e o colo do útero volta ao normal. Mas, por vezes, isso não acontece e as células anormais podem evoluir para o cancro. Segundo um estudo global, o papilomavírus humano (adiante designado por HPV) é o único factor explícito que causa o cancro do colo do útero, e quase 100% do cancro do colo do útero está relacionado com a infecção contínua do vírus HPV de alto risco. Os Serviços de Saúde salientam que o cancro do colo do útero é uma doença evitável e, actualmente, as medidas mais eficazes de prevenção e controlo do cancro do colo do útero, reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), são a vacinação contra o cancro do colo do útero (vacina contra o HPV) e a realização periódica do exame de rastreio do cancro do colo do útero. A par disso, devem prestar atenção à adopção de estilos de vida saudável, incluindo descanso regular, exercício físico regular, alimentação saudável, evitar fumar ou deixar de fumar, evitar ter múltiplos parceiros sexuais e usar correctamente o preservativo.

De acordo com os Serviços de Saúde, o cancro do colo do útero, em geral, não causa sintomas quando diagnosticado numa fase inicial, por isso é muito importante fazer o rastreio da doença. Quando o cancro do colo do útero entrar em fase terminal, poderão surgir alguns dos seguintes sintomas:

1. Hemorragia vaginal anormal: Ocorre geralmente após a relação sexual; pode ocorrer gota a gota ou hemorragia em grande quantidade durante a menstruação, ou o volume menstrual aumenta;

2. Secreções vaginais anormais: Aumento quantitativo, odor estranho ou hemorragia;

3. Dor da cavidade pélvica: Quando o tumor oprime os nervos da cavidade pélvica, pode ocorrer a dor ou desconforto na área da cavidade pélvica;

4. Urina ou excreção anormal: Se o tumor atacar a bexiga, pode ter dificuldade em urinar, hematúria; se o tumor atacar o recto, pode causar obstipação ou excreção anormal, entre outros.

A ocorrência do cancro cervical está relacionada com os seguintes factores de risco:

  1. Infecção contínua pelo vírus do papiloma humano (HPV), especialmente a infecção pelo HPV do tipo 16 ou 18 de alto risco;
  2. Fumar: aumenta o risco de cancro do colo do útero das mulheres, e o risco de cancro do colo do útero das mulheres que fumam é duas vezes maior do que o das mulheres que não fumam;
  3. Início da actividade sexual em idade precoce: Ter experiência sexual com menos de 18 anos de idade representa um risco de infecção pelo HPV cinco vezes superior;
  1. Múltiplos parceiros sexuais: De acordo com o estudo, as pessoas que tiveram entre dois e cinco parceiros sexuais têm um risco 1,6 vezes maior de contrair o HPV do que as que têm um único parceiro; as que têm mais de seis parceiros sexuais têm um risco 2,2 vezes maior do que as que têm apenas um único parceiro sexual;
  2. Comportamentos sexuais de risco: Aumenta o risco de infecção repetida por HPV e outras doenças sexualmente transmissíveis;
  3. Baixa imunidade: Aumenta o risco de infecção por HPV;
  4. Tomar a pílula durante longos períodos de tempo: Tomar a pílula durante longos períodos de tempo (mais de cinco anos) aumenta 4 vezes o risco de cancro do colo do útero em comparação com uma pessoa que não toma, ao mesmo tempo que aumenta o risco de infecção por HPV;
  5. Ter muitos filhos ou idade mais jovem no primeiro parto: aumenta o risco de lesão do colo do útero ou infecção por HPV.

Assim, os Serviços de Saúde recomendam a adopção das seguintes medidas de prevenção do cancro do colo do útero:

  1. Criar um estilo de vida saudável;
  2. Ter uma vida com descanso regular;

3) Abster-se de fumar ou evitar o consumo de álcool;

4) Adoptar comportamentos sexuais seguros, evitando ter vários parceiros sexuais e usar preservativos (os preservativos já demonstraram estar correlacionados com a baixa taxa de incidência do cancro do colo do útero);

5) Vacinação contra o cancro do colo do útero e realização de exame periódico de Papanicolau.

É de salientar que o Papanicolau (também conhecido como Pap smear) refere-se ao exame de citologia do colo do útero, sendo um dos métodos mais eficazes, rápidos e simples para o rastreio do cancro do colo do útero, sendo possível detectar células anormais do colo do útero através do exame periódico. Dentro dos quais, 90% por cento tiveram resultados considerados como normais. Em caso de detecção de células anormais no colo do útero, o médico irá realizar exames mais aprofundados, no sentido de eliminar o problema grave do colo do útero. A associação do exame do cancro do colo do útero com o exame de HPV DNA é um outro método eficaz, rápido e simples para o rastreio do cancro do colo do útero. Os residentes podem consultar as respectivas informações na página exclusiva sobre o programa do rastreio do cancro do colo do útero dos Serviços de Saúde ( https://www.ssm.gov.mo/apps1/cervicalscreening/ch.aspx#clg27745 )

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