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Devido à situação mais activa da escarlatina em Macau, Serviços de Saúde apelam à população para tomar as devidas precauções


Recentemente, a situação da escarlatina está mais activa, pelo que os Serviços de Saúde apelam aos encarregados de educação, às instituições de ensino e creches para estarem em alerta.

Segundo os dados de monitorização de doenças infecciosas de declaração obrigatória, no último mês, os casos de escarlatina têm vindo a aumentar. No início de Novembro registaram-se oito (8) casos por semana, sendo que na última semana o número de casos subiu para 35 casos. O número de casos é comparativamente mais alto face a Outubro (em média, quatro (4) casos por semana), ao período homólogo do ano passado (em média, um caso (1) por semana) e a igual período de 2019 antes da epidemia de Covid-19 (em média, 20 casos por semana).

Até ao dia 5 de Dezembro, foram registados um total 162 casos de escarlatina em Macau, sendo este um número superior aos 23 casos registados no período homólogo do ano passado e inferior aos 406 casos registados no mesmo período de 2019. A proporção entre homens e mulheres é de dois (2) casos para um (1) e a faixa etária está compreendida entre um (1) e 83 anos, sendo que o maior número de casos – 97% - estão compreendidos entre um (1) e nove (9) anos.

Dez (10) casos necessitaram de internamento hospitalar e após recuperação tiveram alta hospitalar. Não foram registados casos graves ou mortais, nem casos colectivos de escarlatina até ao momento.

A Escarlatina é uma doença respiratória aguda transmissível causada pelo estreptococo beta hemolítico do grupo A (Streptococcus pyogenes). Geralmente, o período de incubação é de 1 a 3 dias. Esta doença é transmitida principalmente através de contacto com as secreções orais ou respiratórias ou salpicos de saliva de doentes infectados. Uma vez que esteja infectado, o doente fica numa situação de elevado contágio, quer antes, quer depois da manifestação da doença. As pessoas podem contrair escarlatina em qualquer período do ano e o pico desta doença ocorre geralmente na primavera e no inverno e infecta principalmente crianças entre os dois (2) e os oito (8) anos de idade. Os principais sintomas são febre, dor de garganta, língua com aspecto semelhante a um morango e prurido. As erupções aparecem frequentemente no pescoço, no tórax, nas axilas, nas fossas cubitais, na virilha e no lado interno das coxas. As erupções cutâneas típicas da escarlatina não aparecem no rosto e a pele da região afectada geralmente torna-se muito áspera. Após o desaparecimento das erupções cutâneas, a pele manifesta escamação.

O tratamento eficaz pode ser conseguido através da administração de antibióticos. Sem tratamento adequado esta doença pode sofrer complicações, nomeadamente com o aparecimento de otite média, febre reumática, doença renal, pneumonia, linfadenite, artrite, etc.

Não existe vacina contra a escarlatina, por isso, os alunos, os pais, as instituições de ensino e as creches devem tomar precauções para reduzir a possibilidade de infecção. As instituições de ensino e as creches logo que detectem qualquer caso de infecção colectiva, devem notificar imediatamente o Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Serviços de Saúde, a Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude ou o Instituto de Acção Social.

Com vista a prevenir a infecção pela escarlatina, os cidadãos, as instituições de ensino e as creches devem tomar as seguintes medidas:

Higiene pessoal

    1. Lavar frequentemente as mãos, mantendo-as sempre limpas, ou usar um desinfectante alcoólico, em especial antes de estarem em contacto com os olhos, o nariz e a boca;
    2. Procurar cobrir a boca e o nariz quando espirrar ou tossir, de preferência com um lenço e deitá-lo no lixo depois de usado; quando não tiver lenço, usar a manga da camisola ou cotovelo em vez das palmas das mãos;
    3. Não partilhar toalhas com outra pessoa;
    4. Utilizar luvas, quando manusear objectos e lugares contaminados por secreções ou excrementos;
    5. Praticar sempre desporto, descansar o suficiente, ter uma alimentação equilibrada, evitar fumar e deslocar-se a lugares públicos densamente frequentados;
    6. Evitar contactos próximos com doentes que manifestem sintomas da escarlatina;
    7. No caso de sofrer sintomas da escarlatina, tais como, febre, tosse, devem usar máscara e recorrer de imediato ao médico, permanecer no domicílio e suspender o serviço ou a ida à escola.

Higiene ambiental:

    1. Manter a limpeza e a secura do ambiente e garantir uma boa ventilação de ar no interior da sala;
    2. Proceder, no mínimo, uma vez por dia à limpeza e desinfecção dos brinquedos utilizados, mobiliário, pavimento e locais com os quais as mãos têm contacto frequente;
    3. Proceder de imediato a uma desinfecção adequada dos materiais ou lugares contaminados pelas secreções ou excrementos;
    4. Assegurar a existência de sabão líquido e toalhas de papel descartáveis ou secador para as mãos nas instalações sanitárias.


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