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Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador referente ao 3.º Trimestre de 2023


De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) no 3.º trimestre de 2023, a confiança dos empresários industriais locais nas perspectivas das exportações para os próximos seis meses é semelhante à do trimestre anterior. As principais mercadorias exportadas de Macau foram, por ordem decrescente, os vestuários e confecções, produtos farmacêuticos, equipamentos electrónicos/eléctricos, bebidas alcoólicas e tabaco e produtos alimentares - lembranças. O Interior da China e os Estados Unidos da América foram o mercado de destino das exportações de Macau com performance relativamente melhor.

Quanto à carteira de encomendas, a duração média mensal da carteira de encomendas detida pelos empresários industriais inquiridos foi de 3,3 meses no trimestre em análise, representando um aumento ligeiro de 0,1 meses face ao trimestre anterior. A carteira de encomendas detida pelo sector de “vestuário e confecções” que ocupou o primeiro lugar foi de 5,3 meses, a carteira de encomendas detida pelos sectores de “outros produtos não têxteis”, “equipamentos electrónicos/eléctricos” e “produtos farmacêuticos” foram de 2,5 meses.

No que concerne aos mercados de destino das exportações, segundo o “Índice geral da situação de encomendas trimestral por mercados”, o Interior da China foi o mercado de destino das exportações de Macau com performance relativamente melhor, e os Estados Unidos da América ocupam o segundo lugar, apresentando índices de 22,1% e 4,1%, respectivamente. Entretanto, a performance dos mercados da região Ásia-Pacífico (excluindo o Interior da China, Hong Kong e o Japão) e da União Europeia foi relativamente menos favorável, apresentando índices de -21,6% e -2,7%, respectivamente.

No que respeita às perspectivas das exportações para os próximos seis meses, a confiança dos empresários industriais locais nas perspectivas das exportações para os próximos seis meses é semelhante à do trimestre anterior. Os empresários inquiridos que anteciparam uma perspectiva optimista subiram para 47,2% no trimestre em análise, representando uma subida de 0,4 pontos percentuais face ao 2.º trimestre de 2023 (46,8%). De entre estes, os empresários que anteciparam um “ligeiro crescimento” foram de 45,2%, e 2,0% apontaram para um “aumento acentuado”. As empresas que anteciparam uma evolução menos favorável foram 51,6%, apresentando uma redução de 1,2 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior (52,8%). De entre estas, nenhumas empresas que previram “ligeiro decréscimo” e 51,6% apontaram para um “forte declínio”. As empresas que previram uma situação “semelhante” aumentaram para 1,2% no trimestre em análise, correspondendo a um crescimento de 0,8 pontos percentuais face ao trimestre anterior (0,4%). Todos os dados reflectiram que se mantém inalterada a confiança dos empresários industriais de Macau quanto às perspectivas das exportações.

No tocante ao mercado de emprego, o número de trabalhadores das empresas industriais inquiridas registou um aumento de 2,2% e 9,6% face ao trimestre anterior e ao período homólogo do ano de 2022, rescpectivamente. Por outro lado, 60,2% dos empresários inquiridos afirmaram ter enfrentado a situação da insuficiência de trabalhadores, sendo esta percentagem superior à verificada no trimestre anterior (57,6%) e no idêntico período do ano de 2022 (57,5%). Além disso, 81,4% e 78,4% dos empresários inquiridos dos sectores de “produtos farmacêuticos” e de “vestuários e confecções” manifestaram uma procura relativamente notável de trabalhadores.

De entre os problemas que afectam as actividades de exportação, 75,7% das empresas exportadoras consideraram o “insuficiente volume de encomendas” como o maior problema que estavam a encarar, enquanto 58% apontaram para os “preços mais competitivos praticados no estrangeiro” e 29% para a “insuficiência de trabalhadores”. Quanto às perspectivas para os próximos três meses, de entre as empresas inquiridas, 54,8% preocuparam-se principalmente com o “insuficiente volume de encomendas”, 36,1% com os “preços mais competitivos praticados no estrangeiro”.