A secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong, afirmou, hoje (27 de Fevereiro), que o Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas – Centro Médico de Macau do Peking Union Medical College Hospital encontra-se em fase de operação, a título experimental, não estando ainda, oficialmente, a prestar serviços de consulta de especialidade médica ao público, no entanto, a partir de Março, irá receber os casos de referência médica pelos Serviços de Saúde, providenciando, de forma ordenada, serviços de exame em algumas especialidades médicas, enquanto que os serviços de consulta de especialidade, serão lançados, gradualmente, após o mês de Maio.
Ao falar à comunicação social, no final desta manhã, após uma ocasião pública, Elsie Ao Ieong explicou que, durante a fase de operação, a título experimental, do Hospital Macau Union, os residentes que queiram usufruir dos serviços de exames e de consultas em especialidades médicas, ficam sujeitos à referência médica dos Serviços de Saúde. Adiantou que, paralelamente, as autoridades hospitalares irão, em correspondência mútua com o Centro Hospital Conde de São Januário, cuidar primeiro os casos de especialidades em que o tempo de espera é mais longo. Alertou que, nesta fase, os residentes que necessitam de serviços de especialidade médica, não se devem dirigir ao Hospital Macau Union para consultas por iniciativa própria.
Por outro lado, Elsie Ao Ieong apontou que o grupo interdepartamental das tutelas competentes efectuou uma revisão e um estudo relativo ao concerto realizado, no mês passado, no Estádio de Macau do Centro Desportivo Olímpico da Taipa. Após servir de referência as experiências em outros territórios e análise ao formato do concerto, considera-se que Macau tem necessidade de realizar concertos ao ar livre de grande envergadura, devendo-se, no entanto, criar um grupo especializado responsável por gerir e coordenar projectos que envolvam este tipo de eventos, incluindo a apreciação e a aprovação dos pedidos e acompanhamento da parte logística do local, entre outros.
Adiantou que o governo está à procura de um local para espectáculos de grande envergadura ao ar livre com lotação entre 20 a 50 mil pessoas. Afirmou que o Estádio de Macau do Centro Desportivo Olímpico da Taipa possui limitações, pois não é adequado para realizar espectáculos com som de baixa frequência e não suave, enquanto o então Canídromo Yat Yuen de Macau encontra-se demasiado próximo das residências habitacionais e existe também pressão no trânsito circundante. Recordou que no terreno desocupado junto à Torre de Macau foi, anterioremente, realizado um programa de espectáculos de grande escala, apesar de, na altura, não ter trazido grandes benefícios para a comunidade, mas, por enquanto, esse local é uma das opções que as autoridades ponderam. Relativamente aos locais de recinto fechado para espectáculos, actualmente existe o Pavilhão Polidesportivo Tap Seac, o Fórum de Macau, a Nave Desportiva dos Jogos da Ásia Oriental de Macau, bem como os estabelecimentos para espectáculos das várias empresas integradas de turismo e lazer, que podem ser selecionadas. Apesar da área circundante da Nave Desportiva estar em reparação, acredita-se que, no próximo ano, a mesma possa ser arrendada para espectáculos, acrescentou.
Entretanto, sobre a questão dos “idosos isolados” colocada pelos jornalistas, Elsie Ao Ieong referiu que as autoridades estão agora a estudar um método para quebrar as barreiras que cobrem os dados sobre a população idosa, por forma a encontrar, atempadamente, estes casos. A mesma responsável considera necessário aperfeiçoar o mecanismo e estudar a utilização de novas tecnologias para descobrir a tempo e tomar a iniciativa de chegar aos idosos que precisam de ajuda. Como por exemplo, abordar a possibilidade de, através do reforço da comunicação com os habitantes, e dos sistemas de dados de serviços sociais e de saúde, e ainda no âmbito do Subsídio para Idosos e Pensão para Idosos, assinalar na comunidade os idosos que têm pouco contacto com a sociedade ou que habitam, relativamente, isolados. A secretária disse esperar que a sociedade e o público em geral prestem mais atenção aos idosos próximos, particularmente os familiares e amigos, pois são quem conseguem perceber, atempadamente, a situação. Disse acreditar que com os esforços conjuntos, será possível resolver este problema.