De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) no 4.º trimestre de 2023, a confiança dos empresários industriais locais nas perspectivas das exportações para os próximos seis meses manteve-se prudente. As principais mercadorias exportadas de Macau durante o 4.º trimestre de 2023 foram, por ordem decrescente, os produtos farmacêuticos, equipamentos electrónicos/eléctricos, vestuário e confecções, bebidas alcoólicas e tabaco e produtos alimentares - lembranças. A União Europeia foi o mercado de destino das exportações de Macau com performance relativamente melhor.
Quanto à carteira de encomendas, a duração média mensal da carteira de encomendas detida pelos empresários industriais inquiridos foi de 4,1 meses no trimestre em análise, representando um aumento de 0,8 meses face ao trimestre anterior. A carteira de encomendas detida pelo sector de “produtos farmacêuticos” que ocupou o primeiro lugar foi de 6,3 meses, enquanto as carteiras de encomendas detidas pelos sectores de “vestuário e confecções”, “outros produtos não têxteis” e “equipamentos electrónicos/eléctricos” foram de 4,4 meses, 3,2 meses e 2,4 meses, respectivamente.
No que concerne aos mercados de destino das exportações, segundo o “Índice geral da situação de encomendas trimestral por mercados”, a União Europeia foi o mercado de destino das exportações de Macau com performance relativamente melhor, apresentando índices de 19,3%. Entretanto, a performance dos mercados dos Estados Unidos da América foi relativamente menos favorável, apresentando índices de -43,7%.
No que respeita às perspectivas das exportações para os próximos seis meses, os empresários industriais locais tomaram uma atitude prudente quanto às perspectivas das exportações para os próximos seis meses. 35,9% dos empresários inquiridos anteciparam uma perspectiva optimista no trimestre em análise, representando uma descida de 11,3 pontos percentuais face ao 3.º trimestre de 2023 (47,2%). De entre estes, os empresários que anteciparam um “ligeiro crescimento” foram de 35,9%, e nenhumas empresas que previram “aumento acentuado”. Os empresários que anteciparam uma evolução menos favorável foram 52,8%, apresentando uma subida de 1,2 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior (51,6%). De entre estes, 0,5% previram um “ligeiro decréscimo” e 52,3% apontaram para um “forte declínio”. Os empresários inquiridos que previram uma situação “semelhante” aumentaram para 11,3% no trimestre em análise, correspondendo a um crescimento de 10,1 pontos percentuais face ao trimestre anterior (1,2%).
No tocante ao mercado de emprego, o número de trabalhadores das empresas industriais inquiridas registou uma redução de 4,9% e 1,6% face ao trimestre anterior e ao período homólogo do ano de 2022, respectivamente. Por outro lado, 69,5% dos empresários inquiridos afirmaram ter enfrentado a situação da insuficiência de trabalhadores, sendo esta percentagem superior à verificada no trimestre anterior (60,2%) e no idêntico período do ano de 2022 (41,9%). Além disso, 81,9% e 81,0% dos empresários inquiridos dos sectores de “produtos farmacêuticos” e de “vestuário e confecções” manifestaram uma procura relativamente notável de trabalhadores.
De entre os problemas que afectam as actividades de exportação, 73% das empresas exportadoras consideraram o “insuficiente volume de encomendas” como o maior problema que estavam a encarar, enquanto 57,5% apontaram para os “preços mais competitivos praticados no estrangeiro”. Quanto às perspectivas para os próximos três meses, de entre as empresas inquiridas, 58,1% preocuparam-se principalmente com o “insuficiente volume de encomendas”, 57,1% com os “preços mais competitivos praticados no estrangeiro”.