No primeiro trimestre de 2024 o Produto Interno Bruto (PIB) aumentou anualmente 25,7% em termos reais, com a recuperação a equivaler a 87,2% do volume económico do mesmo período de 2019, devido ao crescimento contínuo das exportações de serviços e à estabilização do consumo privado e da formação bruta de capital fixo, que impulsionaram a contínua recuperação económica de Macau. Salientam-se os aumentos de 62,7% nas exportações de serviços do jogo e de 14,8% nas exportações de outros serviços turísticos, bem como o acréscimo de 3,4% na procura interna (incluindo a despesa de consumo privado, a despesa de consumo final do governo e os investimentos). O deflactor implícito do PIB (106,8), que mede a variação global de preços, aumentou 2,3% em termos anuais, informam os Serviços de Estatística e Censos (DSEC).
No trimestre de referência o número de visitantes subiu 79,4% em termos anuais, para 8,9 milhões de pessoas, o que correspondeu a 85,7% do mesmo trimestre de 2019. As exportações de serviços cresceram 30,3% em termos anuais, graças ao aumento da procura externa, destacando-se as subidas de 62,7% nas exportações de serviços do jogo e de 14,8% nas exportações de outros serviços turísticos, enquanto que desceram 3,5% as importações de serviços. Quanto ao comércio externo de mercadorias, observaram-se quedas homólogas de 13,6% nas exportações de bens e de 1,4% nas importações de bens.
A despesa de consumo privado registou uma subida de 10,9% em relação ao primeiro trimestre de 2023, impulsionada pela contínua recuperação económica e pelo termo das medidas no âmbito do “Plano de subsídio de vida”, destacando-se os acréscimos de 9,1% na despesa de consumo final das famílias no mercado local e de 23,1% na despesa de consumo final das famílias no exterior. Por seu turno, a despesa de consumo final do governo desceu 20,7%, em virtude do termo das medidas no âmbito do “Plano de subsídio de vida”, salientando-se o decréscimo de 40,5% nas compras líquidas de bens e serviços.
O ambiente económico positivo contribuiu também para o aumento de investimentos, tendo a formação bruta de capital fixo registado um acréscimo anual de 13,0%, verificando-se crescimentos positivos nos últimos quatro trimestres. Realçam-se os aumentos anuais de 4,3% no investimento em construção e de 48,0% no investimento em equipamento. Quanto ao sector privado, o investimento em equipamento cresceu 28,5% e o investimento em construção subiu 10,4%, em termos anuais, em consequência do acréscimo significativo dos investimentos em equipamento e dos aumentos de investimentos em construção de edifícios habitacionais, para além do reforço de investimentos em construção por parte das concessionárias de jogo de fortuna ou azar. Quanto ao sector público, o investimento em equipamento subiu 239,6%, em termos anuais, principalmente devido ao crescimento notável do investimento em equipamento público no trimestre em análise, impulsionado pela continuada realização de obras de grande envergadura, nomeadamente infra-estruturas, porém, o investimento em construção pública caiu 1,8%.
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