De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) no 1.º trimestre de 2024, os empresários industriais locais tomaram uma atitude prudente e observadora quanto às perspectivas das exportações para os próximos seis meses. As principais mercadorias exportadas de Macau durante o 1.º trimestre de 2024 foram, por ordem decrescente, os produtos farmacêuticos, equipamentos electrónicos/eléctricos, bebidas alcoólicas e tabaco, vestuário e confecções e outros produtos alimentares. A União Europeia foi o mercado de destino das exportações de Macau com performance relativamente melhor.
Quanto à carteira de encomendas, a duração média da carteira de encomendas detida pelos empresários industriais inquiridos foi de 3,6 meses no trimestre em análise, representando uma diminuição de 0,5 meses face ao trimestre anterior. A carteira de encomendas detida pelo sector de “produtos farmacêuticos” que ocupou o primeiro lugar foi de 5,5 meses, enquanto as carteiras de encomendas detidas pelos sectores de “vestuário e confecções”, “equipamentos electrónicos/eléctricos” e “outros produtos não têxteis” foram de 4,9 meses, 2,5 meses e 2,1 meses, respectivamente.
No que concerne aos mercados de destino das exportações, segundo o “Índice geral da situação de encomendas trimestral por mercados”, a União Europeia foi o mercado de destino das exportações de Macau com performance relativamente melhor, apresentando o índice de 21,1%. Entretanto, a performance dos mercados de outros países americanos e dos Estados Unidos da América foi relativamente menos favorável, apresentando índices de -21,1% e -13,8%, respectivamente.
No que respeita às perspectivas das exportações para os próximos seis meses, os dados reflectiram que os empresários industriais de Macau tomam uma atitude prudente e observadora quanto às perspectiva das exportações. 36,4% dos empresários inquiridos anteciparam uma perspectiva optimista no trimestre em análise, representando uma ligeira subida de 0,5 pontos percentuais face ao 4.º trimestre de 2023 (35,9%). De entre estes, os empresários que anteciparam um “ligeiro crescimento” foram de 36,2%, e as empresas que previram um “aumento acentuado” foram de 0,2%. Os empresários que anteciparam uma evolução menos favorável foram de 20,5%, apresentando uma decida de 32,3 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior (52,8%). De entre estes, 0,6% previram um “ligeiro decréscimo” e 19,9% apontaram para um “forte declínio”. Os empresários inquiridos que previram uma situação “semelhante” aumentaram para 43,1% no trimestre em análise, correspondendo a um crescimento de 31,8 pontos percentuais face ao trimestre anterior (11,3%).
No tocante ao mercado de emprego, o número de trabalhadores das empresas industriais inquiridas registou um aumento de 0,8% e 6,3% face ao trimestre anterior e ao período homólogo do ano de 2023, respectivamente. Por outro lado, 76,2% dos empresários inquiridos afirmaram ter enfrentado a situação da insuficiência de trabalhadores, sendo esta percentagem superior à verificada no trimestre anterior (69,5%) e no idêntico período do ano de 2023 (67,8%). Além disso, 83,6% e 83,0% dos empresários inquiridos dos sectores de “vestuário e confecções” e de “produtos farmacêuticos” manifestaram uma procura relativamente notável de trabalhadores.
De entre os problemas que afectam as actividades de exportação, 59,2% das empresas exportadoras consideraram o “insuficiente volume de encomendas” como o maior problema que estavam a encarar, enquanto 49,2% apontaram para os “preços mais competitivos praticados no estrangeiro” e 41,5% para os “preços elevados das matérias-primas”. Quanto às perspectivas para os próximos três meses, de entre as empresas inquiridas, 39,6% preocuparam-se principalmente com o “insuficiente volume de encomendas”, 28,1% com os “preços mais competitivos praticados no estrangeiro”.