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Serviços de Saúde: detectado um caso de infecção de Vibrio Vulnificus


Os Serviços de Saúde foram notificados para um caso de infecção de vibrio vulnificus.

O caso foi detectado num residente de Macau, de 72 anos de idade, com história de doenças crónicas. No dia 30 de Julho de manhã, quando estava a arranjar o peixe em casa, picou-se acidentalmente com uma espinha de um peixe no dedo médio da mão direita. No dia 31 de Julho, cerca das 5 horas da manhã, apresentou dor e inchaço no dedo médio da mão direita, em simultâneo com febre, bem como sintomas de infecção do tracto respiratório superior, nomeadamente tosse e expectoração. Recorreu ao Centro Hospitalar Conde de São Januário, tendo sido diagnosticado com celulite no dedo médio direito e infecção do tracto respiratório superior. Foi internado, e procedeu à desintoxicação das partes feridas e ao tratamento com antibióticos. No dia 2 de Agosto, após a análise laboratorial das secreções da ferida, confirmou-se que se tratava de vibrio vulnificus. O doente encontra-se internado em estado estável.

Vibrio vulnificus é uma bactéria que existe de forma natural na água morna do mar e pode causar infecções se a ferida tocar na água do mar com vibrio vulnificus ou se consumir marisco contaminado. As infecções causadas por vibrio vulnificus através de feridas, podem ser ligeiras, mas também pode causar fascite necrótica, com manifestação de dor extrema, vermelhidão, inchaço e rápida necrose de tecidos. As pessoas com fascite necrótica podem ter de proceder à amputação de membros para salvar as suas vidas, com cerca de 20 a 30% delas podem ser fatais. O consumo de mariscos contaminados por vibrio vulnificus pode causar diarreia, vómitos e dores abdominais, não havendo de um modo geral, consequências graves. Contudo, se a pessoa infectada tiver outras doenças crónicas, principalmente doenças hepáticas e diabetes, pode ocorrer sepse, apresentando sintomas como febre, calafrios, diminuição da pressão arterial, aparecimento de bolhas na pele e, nos casos mais graves, pode resultar em morte.

Os Serviços de Saúde apelam aos residentes para que tomem medidas para prevenir a infecção por vibrio vulnificus:

1. Evitar o contacto de feridas ou pele danificada com água marinha;

2. Limpar bem e fazer um curativo adequado na ferida;

3. Devem ser utilizadas luvas durante o tratamento de marisco cru;

4. Cozinhar bem os mariscos, especialmente os mariscos, como ostras, moluscos, mexilhões, etc.;

5. Ao cozinhar mariscos, deve-se cozinhá-los até que as cascas, se abram antes de comer;

6. Os alimentos cozinhados e os mariscos crus, devem ser devidamente separados, para evitar contaminação cruzada;

7. Caso apareçam sintomas de infecção, como vermelhidão da pele, inchaço, dor, supuração, etc., procure atendimento médico, o mais rápido possível.



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