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(LAG em Grande Plano) Polícias de Guangdong, Hong Kong e Macau desencadearam a operação conjunta “Trovoada 2024”: combater eficazmente os crimes transfronteiriços e alcançar os resultados esperados

Adjunto do comandante-geral dos SPU, Luis Leong, adjunto do director-geral dos SA, Ip Wa Chio, subdirector da PJ, Sou Sio Keong e chefe do Departamento de Informações do CPSP, Cheang Chon Hei, fazem o balanço da operação, na conferência de imprensa.

A operação “Trovoada 2024” realizou-se entre 22 de Junho a 15 de Agosto, e teve como objectivo principal o combate à criminalidade organizada transfronteiriça, nomeadamente crime relacionado com associações secretas e o crime organizado envolvendo indivíduos não residentes, tráfico e posse ilícita de armas de fogo e substâncias perigosas, usura, crime relacionado com o jogo ilegal, tráfico de estupefacientes, prostituição organizada e tráfico de pessoas, burla através de rede informática e cartões bancários e extorsão através de “nude chat”, furto organizado, burla organizada e outros crimes contra o património, branqueamento de capitais e casas de câmbio clandestinas, imigração clandestina organizada, contrabando, troca ilegal de moeda (vulgarmente conhecida como “burlões de troca de dinheiro”) e outros crimes relacionados.

Na Região Administrativa Especial de Macau (RAEM),esta operação foi coordenada pelos Serviços de Polícia Unitários (SPU) e executada pelos Serviços de Alfândega (SA), Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) e Polícia Judiciária (PJ).Durante a operação, os SPU, os SA, o CPSP e a PJ reforçaram as acções de inspecção e identificação nas vias públicas, zonas costeiras e marítimas, postos fronteiriços e portos de mercadorias, assim como as acções de fiscalização específicas nos estabelecimentos de diversão, clubes nocturnos, casinos e zonas adjacentes. No âmbito desta operação tripartida, as autoridades policiais de Macau realizaram 1199 fiscalizações, tendo actuado num total de 2895 locais. Os SA mobilizaram por 54 vezes embarcações de patrulha nas operações marítimas.

Para esta operação, os SA, o CPSP e a PJ mobilizaram 13821 agentes, 92070 indivíduos foram sujeitos a identificação e 2651 indivíduos foram conduzidos à Polícia para efeitos de averiguações. De entre os quais, 779 indivíduos foram encaminhados aos órgãos judiciários para efeitos de acusação por envolvimento num total de 568 casos de crime. Os SA realizaram acções de fiscalização de forma a combater as actividades ligadas ao comércio paralelo, tendo 700 indivíduos sido acusados por infracções administrativas por violação à “Lei do Comércio Externo”, entre os quais, 253 indivíduos são trabalhadores não residentes.

De entre os casos resolvidos, vários estavam relacionados com o alvo da operação "Trovoada 2024", nomeadamente 13 casos de associação criminosa (tendo sido detidos 87 indivíduos), 13 casos relacionados com armas proibidas e substâncias explosivas (tendo sido detidos 14 indivíduos), 59 casos relacionados com usura para jogo (tendo sido detidos 106 indivíduos), 3 casos relacionados com exploração ilegal de jogo (tendo sido detidos 56 indivíduos), 12 casos relacionados com drogas (tendo sido detidos 19 indivíduos, de entre os quais 8 casos relacionados com tráfico de estupefaciente, tendo sido detidos 8 indivíduos), 8 casos relacionados com exploração de prostituição (tendo sido detidos 12 indivíduos), 1 caso relacionado com tráfico de pessoas (tendo sido detido 1 indivíduo), 21 casos relacionados com burla com recurso a redes de telecomunicações (tendo sido detidos 21 indivíduos), 76 casos relacionados com furto (tendo sido detidos 88 indivíduos, entre os quais 35 casos estavam relacionados com furto qualificado, tendo sido detidos 45 indivíduos), 8 casos relacionados com roubo (tendo sido detidos 12 indivíduos), 22 casos relacionados com branqueamento de capitais (tendo sido detidos 30 indivíduos), 1 caso relacionado com auxílio à imigração ilegal (tendo sido detido 1 indivíduo). Quanto às actividades relacionadas com os “burlões de troca de dinheiro” e crimes conexos, foi resolvido 1 caso de homicídio qualificado e roubo qualificado (tendo sido detidos 2 indivíduos), 48 casos estavam relacionados com “burlões de troca de dinheiro” (tendo sido detidos 51 indivíduos).

No âmbito desta operação, 553 indivíduos foram encaminhados aos órgãos judiciários para efeitos de acusação por suspeita de prática de crime, dentro dos quais 34 foram sujeitos a aplicação de medidas de coacção, nomeadamente prisão preventiva. Foram interceptados e detidos 14 indivíduos em cumprimento de mandados de detenção e mandatos de interceptação emitidos pelas autoridades judiciárias, dentro dos quais, 4 indivíduos foram entregues de imediato ao Estabelecimento Prisional para cumprimento de pena. Durante a referida operação, a polícia apreendeu diversos tipos de drogas, designadamente ice, cocaína e heroína, assim como utensílios para consumo e embalagem. Em relação a numerários, foram apreendidos cerca de 2,18 milhões de patacas, 9,66 milhões de dólares de Hong Kong, 210 mil renminbis e outras moedas avaliadas no valor de 130 mil patacas. Foram ainda apreendidas fichas de jogo com valor de cerca de 1,96 milhões de dólares de Hong Kong. Além disso, as autoridades apreenderam ainda diversas armas proibidas, nomeadamente bastões extensíveis de uso policial, armas brancas, bastões eléctricos, balas, assim como telemóveis, cartões SIM, computadores, tablets, mah-jong, jóias, talões de empréstimo, entre outros.

No âmbito desta operação, foram interceptados 1088 indivíduos não residentes, tendo os mesmos sido encaminhados para o devido processo de repatriamento por cometimento de crimes, imigração ilegal, excesso de permanência, troca ilegal de dinheiro, prostituição, trabalho ilegal por conta própria, trabalho ilegal e actividades que não se coadunavam com a qualidade de turista.

Graças aos esforços, empenho e determinação das autoridades policiais de Guangdong, Hong Kong e Macau, a operação “Trovoada 2024” conseguiu atingir os resultados esperados, tendo contribuído para o combate à criminalidade transfronteiriça e a repressão das actividades ilícitas. Este ano, Macau será palco de um conjunto de actividades, nomeadamente a “Eleição do Chefe do Executivo do VI Governo”, a celebração do “75.º aniversário da implantação da República Popular da China” e do “25.º aniversário do Retorno de Macau à Pátria”. Assim, no sentido de garantir a segurança da realização dessas actividades, a polícia de Macau tem vindo a realizar diversas acções policiais segundo o princípio “prevenir riscos, eliminar perigosidades potenciais e assegurar a segurança”.

A Operação “Trovoada” é uma operação conjunta realizada pelas autoridades da Província de Guangdong, Hong Kong e Macau. A sua duração varia de um a três meses e tem como objectivo principal combater a criminalidade organizada transfronteiriça, salvaguardando a segurança e ordem públicas. As partes de Guangdong e Hong Kong são respectivamente lideradas pela Directoria Provincial da Segurança Pública de Guangdong e pela Hong Kong Police Force, sendo a parte de Macau liderada pelos Serviços de Polícia Unitários, que coordena as operações da Polícia Judiciária e do Corpo de Polícia de Segurança Pública. A par disso, sob a autorização do secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, desde o ano 2018 que a Operação Trovoada passou a contar com o contributo dos Serviços de Alfândega, responsáveis pelo combate à imigração ilegal, tráfico e posse ilícita de armas de fogo e substâncias perigosas, tráfico transfronteiriço de estupefacientes, branqueamento de capitais transfronteiriço, entre outros.

Durante a operação, a polícia mobiliza, conforme a estratégia estipulada, o número suficiente e diversos tipos de recursos policiais para fiscalizar karaokes, bares, cibercafés e casinos espalhados por Macau e as ilhas. Nas operações, maioritariamente realizadas durante a noite, a polícia verifica a identificação das pessoas que se encontram no local, conduzindo os suspeitos, indivíduos que não conseguem identificar-se ou com identidade duvidosa às autoridades para efeitos de averiguações.

Nos últimos anos, as autoridades das três regiões resolveram conjuntamente vários casos importantes, tendo apreendido grande quantidade de objectos ilícitos e vários suspeitos foram entregues aos órgãos judiciários, melhorando a segurança pública das três regiões. Ao longo dos anos, as operações “Trovoada” têm alcançado resultados satisfatórios, com efeitos dissuasores na actividade das organizações criminosas.

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