De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) no 2.º trimestre de 2024, os empresários industriais locais tomaram uma atitude prudente e observadora quanto às perspectivas das exportações para os próximos seis meses. As principais mercadorias exportadas de Macau durante o 2.º trimestre de 2024 foram, por ordem decrescente, “os produtos farmacêuticos”, “equipamentos electrónicos/eléctricos”, “vestuário e confecções”, “outros produtos alimentares” e “produtos alimentares - lembranças”. A região Ásia-Pacífico foi o mercado de destino das exportações de Macau com performance relativamente melhor.
Quanto à carteira de encomendas, a duração média da carteira de encomendas detida pelos empresários industriais inquiridos foi de 3,0 meses no trimestre em análise, representando uma diminuição de 0,6 meses face ao trimestre anterior. A carteira de encomendas detida pelo sector de “produtos farmacêuticos” que ocupou o primeiro lugar foi de 5,4 meses, enquanto as carteiras de encomendas detidas pelos sectores de “vestuário e confecções”, “equipamentos electrónicos/eléctricos” e “outros produtos não têxteis” foram de 3,2 meses, 2,5 meses e 1,5 meses, respectivamente.
No que concerne aos mercados de destino das exportações, segundo o “Índice geral da situação de encomendas trimestral por mercados”, a região Ásia-Pacífico foi o mercado de destino das exportações de Macau com performance relativamente melhor, apresentando o índice de 21,1% (excluindo os dados do Interior da China, Hong Kong e Japão). Entretanto, a performance dos mercados de outros países americanos (excluindo os Estados Unidos da América) foi relativamente menos favorável, apresentando índices de -21,1%.
No que respeita às perspectivas das exportações para os próximos seis meses, os dados reflectiram que os empresários industriais de Macau tomam uma atitude prudente e observadora quanto às perspectiva das exportações. 14,0% dos empresários inquiridos anteciparam uma perspectiva optimista no trimestre em análise, representando uma descida de 22,4 pontos percentuais face ao 1.º trimestre de 2024 (36,4%). De entre estes, os empresários que anteciparam um “ligeiro crescimento” foram de 13,7%, e as empresas que previram um “aumento acentuado” foram de 0,3%. Os empresários que anteciparam uma evolução menos favorável foram de 39,1%, apresentando uma subida de 18,6 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior (20,5%). De entre estes, 0,4% previram um “ligeiro decréscimo” e 38,7% apontaram para um “forte declínio”. Os empresários inquiridos que previram uma situação “semelhante” aumentaram para 46,9% no trimestre em análise, correspondendo a um crescimento de 3,8 pontos percentuais face ao trimestre anterior (43,1%).
No tocante ao mercado de emprego, o número de trabalhadores das empresas industriais inquiridas registou um aumento de 1,0% e 7,6% face ao trimestre anterior e ao período homólogo do ano de 2023, respectivamente. Por outro lado, 49,5% dos empresários inquiridos afirmaram ter enfrentado a situação da insuficiência de trabalhadores, sendo esta percentagem inferior à verificada no trimestre anterior (76,2%) e no idêntico período do ano de 2023 (57,6%). Além disso, 80,3% e 79,7% dos empresários inquiridos dos sectores de “vestuário e confecções” e de “equipamentos electrónicos/eléctricos” manifestaram uma procura relativamente notável de trabalhadores.
De entre os problemas que afectam as actividades de exportação, 79,7% das empresas exportadoras consideraram o “insuficiente volume de encomendas” como o maior problema que estavam a encarar, enquanto 45,9% apontaram para os “preços elevados das matérias-primas”. Quanto às perspectivas para os próximos três meses, de entre as empresas inquiridas, 58,0% preocuparam-se principalmente com o “insuficiente volume de encomendas”, 32,7% com os “preços mais competitivos praticados no estrangeiro”.