Os Serviços de Saúde foram notificados para um caso de infecção deVibrio Vulnificus.
O caso foi detectado numa criança com sete (7) anos de idade, do sexo masculino, residente de Macau. No dia 13 de Outubro, pelas 12h00, quando estava a brincar na Praia de Hac Sá, picou-se acidentalmente com os dedos do pé direito nas espinhas de um peixe. Naquela noite, pelas 20h00, começou a ter febre, dor e inchaço no pé direito. No dia 14, de manhã, a criança recorreu, acompanhada pelos seus familiares, ao Centro Hospitalar Conde de São Januário para tratamento médico, tendo-lhe sido diagnosticada fasceíte necrotizante no pé direito, pelo que foi sujeito ao desbridamento e ao tratamento com antibióticos no internamento hospitalar. No dia 15, após análise laboratorial, foi confirmada a existência de Vibrio Vulnificus nas secreções da ferida. O doente encontra-se internado em estado estável.
Vibrio Vulnificusé uma bactéria que existe de forma natural em águas marinhas relativamente quentes. Se uma ferida entrar em contacto com água contendoVibrio Vulnificusou, a pessoa comer frutos do mar contaminados, pode causar infecção. As infecções causadas porVibrio Vulnificusatravés de feridas, podem ser ligeiras, mas também pode causar fasciite necrótica, com manifestação de dor extrema, vermelhidão, inchaço e rápida necrose de tecidos. As pessoas com fasceíte necrotizante podem ter de proceder à amputação de membros para salvar as suas vidas, com cerca de 20 a 30% delas podem ser fatais. O consumo de mariscos contaminados porVibrio Vulnificuspode causar diarreia, vómitos e dores abdominais, não havendo de um modo geral, consequências graves. Contudo, se a pessoa infectada tiver outras doenças crónicas, principalmente doenças hepáticas e diabetes, pode ocorrer sepse, apresentando sintomas como febre, calafrios, diminuição da pressão arterial, aparecimento de bolhas na pele e, nos casos mais graves, pode resultar em morte.
Os Serviços de Saúde apelam aos residentes para que tomem medidas para prevenir a infecção porVibrio Vulnificus:
1. Evitar o contacto de feridas ou pele danificada com água marinha;
2. Limpar bem e fazer um curativo adequado na ferida;
3. Devem ser utilizadas luvas durante o tratamento de marisco cru;
4. Cozinhar bem os mariscos, especialmente os mariscos, como ostras, moluscos, mexilhões, etc.;
5. Ao cozinhar mariscos, deve-se cozinhá-los até que as cascas, se abram antes de comer;
6. Os alimentos cozinhados e os mariscos crus, devem ser devidamente separados, para evitar contaminação cruzada;
7. Caso apareçam sintomas de infecção, como vermelhidão da pele, inchaço, dor, supuração, etc., procure atendimento médico, o mais rápido possível.