O Índice de Preços no Consumidor geral de Dezembro de 2008 registou um aumento de 6,16% em relação a Dezembro de 2007, atingindo 125,78, o nível mais baixo em 2008. Salienta-se que o índice de preços das secções produtos alimentares e bebidas não alcoólicas, saúde e vestuário e calçado subiu 14,35%, 13,69% e 9,39%, respectivamente, informam os Serviços de Estatística e Censos. Os incrementos mais significativos ocorreram nos preços: do arroz (54,83%); da carne enlatada (40,10%); do peixe fresco de água doce (33,34%); dos óleos comestíveis (32,38%) e dos produtos hortícolas (19,28%), que pertencem à secção produtos alimentares e bebidas não alcoólicas. Nas secções saúde e vestuário e calçado, observaram-se crescimentos notórios, nomeadamente nas consultas médicas (24,51%) e vestuário de senhoras (11,62%). Por um lado, o índice de preços da secção recreação e cultura aumentou 6,05%, face ao mês homólogo do ano precedente, como consequência da subida verificada nos preços das excursões turísticas nas festividades do Natal. No que concerne à secção habitação e combustíveis, embora os índices de preços das rendas de casa (+12,51%) e dos serviços de reparação e manutenção da habitação (+9,60%) se tenham ampliado, o crescimento homólogo do índice de preços da habitação e combustíveis abrandou para 2,77%, devido à descida do gás de petróleo liquefeito (-4,65%) e à atribuição de um subsídio temporário de electricidade pelo Governo aos agregados familiares. Por outro lado, os índices das secções transportes e comunicações diminuíram 8,15% e 6,86%, respectivamente, face ao mês homólogo de 2007, graças à atribuição temporária do subsídio da tarifa do autocarro pelo Governo, redução dos preços da gasolina, bem como as quedas de preços dos telemóveis e das despesas inerentes à sua utilização. O IPC-A e o IPC-B de Dezembro de 2008 foram de 128,05 e 125,14, respectivamente, e quando comparados com os do mês homólogo do ano anterior, verificaram-se crescimentos de 6,85% e 5,95%, respectivamente. No mês em análise, o IPC-geral desceu 0,27%, face a Novembro de 2008, nomeadamente, os índices dos preços das secções transportes com -4,21% e produtos alimentares e bebidas não alcoólicas com -0,64%. Por seu turno, o índice de preços da secção recreação e cultura apresentou um aumento de 2,01%, graças à subida de preços das excursões turísticas ao exterior. No que respeita ao IPC-A e IPC-B, observaram-se decréscimos de 0,42% e 0,25%, respectivamente, quando comparados com os de Novembro de 2008. No 4º trimestre de 2008, o IPC geral aumentou 7,48% em relação ao trimestre homólogo de 2007, atingiu o nível de 126,23. Os acréscimos de preços ocorreram nas secções produtos alimentares e bebidas não alcoólicas (16,10%), saúde (13,84%) e vestuário e calçado (8,23%). O IPC-geral médio de 2008 foi de 124,32, sendo a taxa de inflação anual 8,61%. Os índices das secções produtos alimentares e bebidas não alcoólicas, saúde e habitação e combustíveis elevaram-se 17,22%, 13,88% e 8,15%, respectivamente, face ao ano de 2007. Além disso, o IPC-A e o IPC-B em termos médios foram de 126,47 e 123,72, subiram 9,08% e 8,44%, respectivamente, em relação a 2007. O IPC-geral permite conhecer como a variação de preços influência a generalidade da população de Macau. O IPC-A reflecte a evolução de preços para 49% das famílias residentes, cuja despesa mensal está compreendida entre 3.000 e 9.999 Patacas e o IPC-B representa o mesmo indicador para 31% das famílias residentes, cuja despesa mensal varia entre 10.000 e 19.999 Patacas.