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Grupo de Coordenação para a Segurança Alimentar atento à ocorrência de intoxicação alimentar


O grupo de trabalho técnico do Grupo de Coordenação para a Segurança Alimentar segue com a maior atenção a ocorrência relacionada intoxicação alimentar devido ao consumo de vieiras frescas, adquiridas localmente, que afectou um grupo de cidadãos do território. O Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais procedeu de imediato a averiguações no terreno sobre o sucedido solicitando a suspensão de venda dos referidos produtos nas bancas dos mercados e lojas de comércio a retalho de pescado. Os Serviços de Saúde, por sua vez, apelaram ao público para evitar o consumo de vieiras e, se o fizerem, em caso de indisposição, para consultarem o médico, imediatamente. Segundo informações das vítimas, os bivalves ingeridos foram adquiridos no Mercado de S. Lourenço, Mercado do Patane e Mercado da Rua de Erva e Mercado Vermelho. Os serviços do IACM, assim que tomaram conhecimento da ocorrência, procederam a averiguações sobre o local de origem dos produtos em causa e notificaram os comerciantes para estarem alerta sobre o sucedido e retirarem os produtos de circulação. Além disso, pessoal de inspecção sanitária deslocou-se às bancas de bivalves nos mercados e lojas de venda de pescado para avisar os responsáveis no sentido da suspensão provisória de comércio dos referidos produtos, considerados como de alto risco. As entidades competentes desenvolvem um trabalho intenso de controlo de qualidade na origem e inspecção sanitária de produtos do mar, incluindo os bivalves, mantendo contactos e cooperação efectiva com os serviços homólogos da China Interior, designadamente em matéria de execução de análises laboratoriais de amostras. As intoxicações alimentares devidas à ingestão de moluscos bivalves podem ser devidas a contaminação desses bivalves por biotoxinas provenientes de microalgas tóxicas que são ingeridas no seu processo de alimentação por filtração. As biotoxinas são acumuladas nos tecidos dos bivalves especialmente nas vísceras. O consumo de bivalves contaminados por biotoxinas podem provocar intoxicações alimentares. No Verão, o risco de manifestação deste tipo de contaminação é relativamente elevado. Os bivalves contaminados não têm sabor, cheiro ou cor diferentes dos próprios para consumo e a fervura não destrói estas biotoxinas. Os Serviços de Saúde suspeitam que os casos referidos estão relacionados com outros semelhantes de intoxicação alimentar, registados recentemente na região vizinha e, em ambas as situações, resultantes de envenenamento paralisante por marisco cujo sintomas incluem paralisia da boca e dos membros inferiores e superiores, dor, ardor, indisposições no estômagos e nos intestinos, tais como náuseas e vómitos, desaparecendo após algumas horas ou dias. Actualmente, não há antídoto para a neutralização do efeito destas biotoxinas por isso o tratamento é sintomático de assistência e suporte aos consumidores intoxicados. Os Serviços de Saúde apelam ao público para evitar o consumo de vieiras frescas e, se o fizerem, em caso de indisposição, para consultarem o médico, imediatamente. Entretanto, até às 12h00 de hoje (18 de Maio), as vítimas dos casos de intoxicação alimentar já tinham recebido alta das instalações hospitalares onde foram tratadas.