Os Serviços de Estatística e Censos divulgam os resultados referentes ao segundo trimestre de 2017 do Inquérito às Necessidades de Mão-de-Obra e às Remunerações do Sector das Lotarias e Outros Jogos de Aposta. O âmbito do inquérito exclui os promotores e colaboradores de jogos.
No fim do segundo trimestre de 2017 o sector das lotarias e outros jogos de aposta tinha 55.726 trabalhadores a tempo completo, número semelhante ao registado no fim do segundo trimestre de 2016, dos quais 23.980 eram “croupiers”, isto é, menos 1,3%.
Em Junho de 2017 a remuneração média (excluindo as participações nos lucros e os prémios) dos trabalhadores a tempo completo no sector das lotarias e outros jogos de aposta situou-se em 23.080 Patacas, correspondendo a um acréscimo de 4,6%, em termos anuais. Salienta-se que a remuneração média dos “croupiers” se cifrou em 19.930 Patacas, registou-se um crescimento de 5,1%.
No fim do trimestre em análise existiam 923 postos vagos no sector das lotarias e outros jogos de aposta, ou seja, mais 336, face ao fim do segundo trimestre de 2016. A maioria das vagas (51,1%) pertencia aos “empregados administrativos”, observando-se que 270 destas vagas se destinavam aos “croupiers”.
Em relação aos requisitos de recrutamento, apenas 30,9% das vagas requeriam experiência profissional, 73,1% exigiam habilitações académicas inferiores ou iguais ao ensino secundário complementar, 65,7% requeriam o domínio do mandarim e 35,1% exigiam o do inglês.
Durante o segundo trimestre de 2017 foram recrutados 1.035 trabalhadores, os quais corresponderam a um aumento acentuado de 56,8%, face aos 660 registados no segundo trimestre de 2016. A taxa de recrutamento de trabalhadores (1,9%), a taxa de rotatividade de trabalhadores (1,7%) e a taxa de vagas (1,6%) subiram 0,7, 0,2 e 0,6 pontos percentuais em termos anuais, respectivamente. Estes indicadores reflectem que os recursos humanos no sector das lotarias e outros jogos de aposta foram estáveis.
Quanto à formação profissional, no sector das lotarias e outros jogos de aposta havia57.934 participantes em cursos de formação profissional fornecidos pelas empresas do jogo (nomeadamente, em cursos organizados pelas empresas ou realizados em conjunto com outras instituições, ou subsidiados pelas empresas), correspondendo a uma descida de 27,0%, em termos anuais. Realça-se que a maioria de formandos (45,6%) participou nos cursos de “lotarias e entretenimento”, seguindo-se os cursos de “comércio e gestão” (28,2%). A maior parte dos cursos de formação profissional foi organizada pelas empresas do jogo e o número de participantes destes cursos representou 98,7% do total de formandos.