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Governo torna público o relatório entregue pela CEM sobre a falha de energia no NAPE


O Gabinete para o Desenvolvimento do Sector Energético (GDSE) recebeu, no dia 3 de Março do corrente, o relatório da Companhia de Electricidade de Macau - CEM, S.A. (CEM) relativo à falha de energia ocorrida no NAPE, no passado dia 24 de Fevereiro. Os conteúdos principais do relatório são: Segundo o relatório da CEM, a falha da energia ocorreu na altura da manutenção regular da Subestação do NAPE. Aquando da ocorrência da falha de energia, a equipa de manutenção procedia ao trabalho de manutenção periódica. De acordo com os procedimentos de teste, para proceder ao primeiro teste de tempo dos disjuntores era necessário que os interruptores de terra Q51 e Q53 estivessem na posição fechado, mas, depois de terminado o primeiro teste e iniciado o segundo teste para o barramento, os interruptores de terra deviam estar na posição de aberto, mas estavam ainda fechados. Porém, a equipa não abriu os interruptores Q51 e Q53 e continuou a proceder ao segundo teste, pelo que, na operação para fechar o barramento de desconexão (Q01) resultou que o barramento de alta tensão produzisse faíscas e, como consequência, todos os disjuntores de protecção dos circuitos de alimentação de 66kV de alta tensão dispararam, originando o apagão da Subestação, significando um grande lapso humano na operação. A falha de energia, que teve uma duração mínima de 4 e máxima de 14 minutos, ocorreu às 11h:08 da manhã desse dia, tendo o fornecimento de energia sido restabelecido a todos os clientes pelas 11h:22. Foram afectados, no total, 79 edifícios e 7428 clientes. Depois de uma investigação e avaliação preliminares, empreendidas pelo fornecedor do equipamento, o resultado mostra que o equipamento mais afectado foi um painel GIS - número 601; algumas das partes internas terão, provavelmente, de ser reparadas ou substituídas. Assim sendo, será ainda necessário proceder a uma investigação mais aprofundada, para confirmação. No relatório, a análise feita pela CEM concluiu que as razões que levaram à falha de energia envolvem quatro aspectos diferentes:
1) O método de realização da manutenção dos equipamentos de alta tensão;
2) As diferentes fases de procedimento para os trabalhos de manutenção;
3) Os procedimentos de bloqueio e etiquetagem;
4) A responsabilidade e competência da equipa de manutenção. Assim, a CEM apresentou as três recomendações de aperfeiçoamento seguintes:
1) Rever os critérios que permitam decidir a frequência da manutenção com vista a reduzir os riscos da mesma;
2) Rever os planos de teste, a fim de reforçar a coordenação das tarefas principais; mais medidas de controlo e enumeração abrangente de todos os riscos envolvidos;
3) Rever os procedimentos de bloqueio e etiquetagem e assegurar que os processos são realizados de acordo com os requisitos de segurança necessários; ao mesmo tempo, reforçar a formação da equipa de manutenção. De acordo com o relatório acima referido, o GDSE referiu que os conteúdos do relatório mostram, à primeira vista, que a falha de energia se deveu a lapso humano no processo de operação. O Governo irá acompanhar no sentido de estudar qual a responsabilidade da CEM, nos termos do contrato de concessão. Ao mesmo tempo, exigiu que a CEM submetesse um novo relatório detalhado das medidas de aperfeiçoamento, seguindo os resultados do primeiro relatório, dentro do prazo de um mês.



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